Na área de Hortifruti (HF), atividade específica e de risco, com custos mais altos que outras culturas, a construção de um perfil de solo e nutrição adequada da planta é determinante
Os cuidados com o solo são importantes em todo tipo de cultura. O controle biológico do solo e o controle de pragas e doenças, com sustentabilidade, tem refletido em maior produtividade, qualidade de plantas e de produtos. Na área de Hortifruti (HF), atividade específica e de risco, com custos mais altos que outras culturas, a construção de um perfil de solo e nutrição adequada da planta é determinante.
Segundo o coordenador comercial de hortifruti da Regional Sul da Belagrícola, Haroldo Correa Rolim Neto, o foco da empresa em HF tem sido o equilíbrio físico, químico e biológico do solo, bem como o uso da nutrição vegetal em determinados períodos, de acordo com a necessidade das plantas. A produtividade vem crescendo ao longo dos anos nas áreas de produção de HF da Belagrícola, mas Haroldo coloca que um grande desafio é o clima, com excesso de chuvas e em outros momentos a falta delas. “Toda planta de HF por ser perecível precisa de muita atenção. Por isso temos que estar a campo constantemente”.
O coordenador reforça que o uso de biológicos vem crescendo em todo mercado do agro e é auxílio nos problemas climáticos que estamos atravessando e o reflexo do clima hoje, nos mercados, são os preços de frutas e verduras com aumento que varia de 30 a 70%. “Levar informações constantes das tecnologias e manejos para alcançar altas produtividades com palestras, tour de campo, capacitações dos produtores e consultores da Belagrícola tem sido uma estratégia da empresa para o HF e no agro como um todo, que auxilia também a administrar as adversidades climáticas”, diz Haroldo.
As atividades da Belagrícola em Hortifruti compreendem os Campos Gerais (PR) e Planalto Norte de Santa Catarina (SC), onde se destacam duas culturas com maiores áreas sendo a batata de mesa, Ágata e as batatas de indústria, Atlantic , Markies, Asterix e Potira. “Estamos em crescimento no atendimento das culturas de frutas como maçã, uva, pêra, pêssego, ameixa e em áreas menores, um crescimento na cultura do morango, com a agricultura familiar. As demais hortaliças também são atendidas pela Belagrícola como beterraba, cenoura, tomate, repolho, brócolis e alface”, diz Haroldo.
Sustentabilidade, produção e gôndola
O mercado de Hortifruti é amplo e vem crescendo ano a ano. As pessoas começam a buscar uma alimentação mais saudável. Os produtores estão repensando sua maneira de produzir com o consumidor exigindo frutas e verduras com qualidade e mais durabilidade. Em função dessa realidade, vem crescendo o uso de biológicos, mix de cobertura, uso de uma nutrição mais equilibrada, para que o produtor possa entregar um produto melhor nas na gôndolas dos mercados.
Rosel dos Santos Ferreira, consultor da Belagrícola nas regiões da cidades paranaenses de Palmeira, Lapa e Curitiba, explica que a empresa vem orientando os produtores a cada vez mais cuidarem do solo, fazerem análise com frequência, usarem uma adubação mais equilibrada com apoio de nutrição (fertilizantes foliares) e também a ativação biológica do solo. “Estamos avançando aos poucos, com bons resultados. Os produtores vêm de um passado recente que não utilizavam estas técnicas e agora estão começando a usar e vendo resultados na produção, no meio ambiente e econômico”, explica o consultor. Na região algumas frutas estão saindo da “dormência” e iniciando as podas e outras já iniciam a floração.
Reinoldo Costa, gerente administrativo da Fazenda Capão Bonito, no município de Porto Amazonas (PR), propriedade de Valter Perboni, que produz maçã, uva, pêssego e ameixa, além de grãos, comenta que utilizou ativos biológicos e nutrição vegetal com magnésio, fósforo, cálcio e um recuperador de estresse, em dois hectares de maçãs como recuperação de pós-poda. “Foi um experimento que teve bons resultados. A maturação do ramo foi melhor, as gemas reagiram bem, recuperaram e frutificaram maiores que as que não utilizamos ativos biológicos e nutrição específica”, conta o gerente administrativo.
Outro experimento adotado na Fazenda Capão Bonito foi um mix de plantas de cobertura no parreiral, com forrageiras de inverno, também em dois hectares, além da nutrição vegetal com fósforo e potássio. A cobertura de inverno com ervilhaca, aveia preta e nabo forrageiro contribuiu para a fixação do nitrogênio no solo. Reinoldo Costa explica que no parreiral onde adotaram o mix de cobertura foi utilizado menos herbicida, apenas uma aplicação para a dessecagem nas linhas. Já nos hectares sem cobertura, foram feitas três aplicações para limpeza no ciclo da parreira. “As uvas das parreiras com o mix apresentaram cachos mais graúdos e maior teor de açúcar (brix), graças ao uso da nutrição vegetal, através de fósforo e potássio, e dos ativos biológicos”. (Divulgação)
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