De acordo com o documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os preços praticados atualmente são de R$ 534,31 por tonelada
Os produtores de mandioca do Paraná devem fechar agosto recebendo mais pelo produto comparativamente a julho, tendência que tem sido uma constante desde maio. Mas os valores ainda são menores do que o recebido há um ano, o que deixa em dúvida a projeção para a área a ser ocupada em 2025.
De acordo com o documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os preços praticados atualmente são de R$ 534,31 por tonelada. Isso representa aumento de 12,6% sobre os R$ 474,41 recebidos pelos produtores em julho, mas redução de 28% sobre os R$ 745,44 pagos em agosto de 2023.
“A seca ocasiona tanto produtividades menores quanto dificulta o arranquio das raízes, ambas possíveis explicações da alta recente”, disse o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. As oscilações ainda deixam em dúvida as projeções de área para o próximo ano. A primeira previsão será apresentada na próxima quinta-feira (29).
“A soja, que frequentemente ganhava áreas das demais culturas no Estado, atravessa um período de menor ímpeto, podendo favorecer ao menos a manutenção das áreas dedicadas à mandiocultura”, analisou Godinho. Atualmente a cultura ocupa 139,7 mil hectares, com possível produção de 3,7 milhões de toneladas, caso continue resiliente à seca. (AEN)
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN