quarta-feira, janeiro 29, 2025

Umidade do solo aumenta na zona da soja, mas plantio segue com atraso

Data.:

EarthDaily Agro aponta necessidade de mais chuvas no oeste do MT, oeste e norte do PR e no MS

Mato Grosso, Goiás e Triângulo Mineiro registraram bom aumento da umidade do solo na comparação entre os dias 14 e 24 de outubro, favorecendo os trabalhos de campo, porém o NDVI (índice de vegetação) permanece com valores muito baixos, refletindo ainda o atraso no plantio da soja, aponta a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites. No período, a precipitação acumulada variou de 30 mm a 100 mm na faixa que se estende do Mato Grosso até São Paulo, cobrindo também boa parte do Nordeste. Os volumes representam de 50% a 200% acima da média para a região. Há ainda a necessidade de mais chuvas, principalmente no oeste de Mato Grosso, norte do Paraná e Mato Grosso do Sul, na avaliação de Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.

Os modelos climáticos ECMWF (europeu) e GFS (americano) preveem chuvas acima da média em uma faixa de Mato Grosso a São Paulo nos próximos 10 dias, cenário favorável para o cultivo da soja. Para o Sul do país, a previsão é que as chuvas permaneçam de 60% a mais de 80% abaixo da média, conforme o ECMWF.

Na comparação da temperatura média dos últimos 10 dias – em relação aos últimos 30 dias – o calor foi menos intenso, variando de 1°C a 3°C abaixo da média, especialmente no Nordeste e Centro-Oeste. As temperaturas mais baixas diminuem a evapotranspiração, favorecendo o aumento da umidade do solo, positivo para as operações de campo.

Em Goiás, após um início de mês seco, as chuvas voltaram a aparecer. Até 24 de outubro, a precipitação acumulada foi de 100 mm, acima da média para o período (74,3 mm). Os dois modelos climáticos preveem mais chuvas para o curto prazo. A umidade deve continuar acima da média, positiva ao desenvolvimento das lavouras de verão.

Já no Mato Grosso do Sul, mesmo com maiores volumes de chuvas em outubro, a umidade do solo permanece abaixo da média, mas ainda assim houve aumento da umidade em comparação com os níveis registrados em setembro.

No Paraná, a umidade do solo está abaixo da média em uma faixa que se estende do oeste ao norte do estado e, apesar de chuvas pontuais, deverá continuar da mesma forma, indicando a necessidade de mais chuvas no curto prazo para as lavouras de verão.

No Rio Grande do Sul, apesar de a segunda semana de outubro ter sido marcada por alta precipitação, o volume de chuvas na reta final do ciclo do trigo está muito abaixo do registrado em 2023, quando o excesso de chuvas impactou a qualidade e a produtividade do cereal. (Divulgação)

Foto: Cleber França

spot_img

VEJA TAMBÉM

Dólar alcança menor valor em 2 meses

Em mais um dia de alívio para os mercados...

Produção de café do Brasil será menor

A produção total estimada para a safra de café...

Soja opera com estabilidade no mercado internacional nesta terça-feira (28)

Na manhã desta terça-feira (28) o mercado da soja...

Etanol: cotações oscilam para baixo

Os preços dos etanóis no mercado paulista caminham para...

Receba as informações so site diáriamente.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Soja: colheita atinge a marca de 18% no Paraná

Conforme a retirada da produção avança nos campos do...

Fungos são utilizados no controle de doenças em bananeiras

O objetivo é controlar a proliferação do Cosmopolites sordidus, um...

Brasil abre novos mercados para alimento halal

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira divulgou balanço do Halal...

Café registra maior valor na séria histórica do Cepea

O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida...

Fertilizante misto à base de sulfato de cálcio e boro turbina produção de tomates

No meio-oeste catarinense, produtor comemora tomateiros com mais de...

Dólar alcança menor valor em 2 meses

Em mais um dia de alívio para os mercados...

Arroz: preços mantem estabilidade

Os preços do arroz em casca no Rio Grande...

Produção de café do Brasil será menor

A produção total estimada para a safra de café...