Motivados pelas contínuas altas de preços, produtores de mandioca sinalizaram maior interesse pela comercialização na última semana, seja para se capitalizar ou por conta de expectativas baixistas, sobretudo para o início de 2025. Assim, pesquisas do Cepea mostram que houve leve aumento na oferta de raízes, o que, ainda que de forma pontual, minimizou o movimento altista das cotações.
Segundo levantamentos do Cepea, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 692,06 (R$ 1,2036 por grama de amido) na semana passada, ligeira elevação de 0,6% sobre o do período anterior. Em 12 meses, o aumento é de 9,9%, em termos reais (utilizando-se o IGP-DI como deflator).
Brasil – A produção de mandioca no país é uma das mais relevantes para a agricultura nacional, com o país sendo o maior produtor mundial da raiz, com destaque para estados como Paraná, Minas Gerais e Bahia. A mandioca, também conhecida como aipim ou macaxeira, é uma cultura essencial para a alimentação humana, além de ser utilizada na produção de farinha, fécula e como matéria-prima na indústria de alimentos e ração animal.
Em 2024, a produção de mandioca no Brasil continua a crescer, atendendo tanto ao mercado interno quanto ao externo. O mercado de exportação de produtos derivados da mandioca, como a fécula, tem se expandido, com destinos como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia. A versatilidade do produto contribui para sua demanda, tanto para consumo direto quanto para a indústria alimentícia e farmacêutica.
Apesar de ser uma cultura resistente, a mandioca enfrenta desafios relacionados ao clima, como secas prolongadas e excesso de chuvas, que podem afetar a produtividade. Além disso, a falta de modernização em algumas regiões produtoras ainda é um obstáculo. Contudo, com a contínua demanda tanto no mercado interno quanto externo, a mandioca mantém seu papel central na economia agrícola brasileira. (com Cepea)
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN