quinta-feira, janeiro 9, 2025

Manejo do cocho pode otimizar a nutrição e aumentar a lucratividade da fazenda

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Escolha do local, estrutura e dimensionamento adequado do cocho são essenciais para preservar a qualidade dos suplementos e melhorar os resultados financeiros da propriedade

O cocho é uma peça fundamental no sistema pecuário, pois assegura o fornecimento de produtos de nutrição animal na quantidade planejada e preserva a qualidade do alimento. Com a chegada das chuvas, é essencial redobrar os cuidados no manejo para proteger a ração e o sal da umidade causada pelo orvalho e pela chuva, além de garantir que os animais tenham acesso adequado.

Segundo o zootecnista e diretor técnico industrial da Connan, Bruno Marson, a localização do cocho é determinante, devendo ser instalado próximo à fonte de água para que o consumo seja mais regular e a fazenda consiga atingir os objetivos produtivos do rebanho.

“O cocho está relacionado à taxa de fertilidade, ao consumo de pastagem, ao peso da desmama, enfim, ao lucro do seu negócio. Por ser tão importante, se não estiver bem localizado, dimensionado ou estruturado, impactará o resultado financeiro da propriedade. Por isso, nunca podemos esquecer sua importância e a função que desempenha dentro do sistema”, explica Marson.

Para isso, ele destaca a importância de planejar a estrutura respeitando as especificações adequadas para cada categoria animal que está sendo suplementada. A altura da estrutura deve obedecer às particularidades de cada uma delas. No caso dos bezerros, deve ser posicionada em torno de meio metro do nível do solo até a borda superior do cocho. Já para a categoria de recria, entre 60 e 70 centímetros, e para engorda, aproximadamente um metro de altura.

A localização também deve ficar a pelo menos 15 metros das divisas das cercas, respeitando a zona de fuga do animal, que é a área de aproximadamente dois metros em torno de seu corpo, permitindo que ele se sinta mais confortável.

“Um cocho bem localizado impacta diretamente na lucratividade do seu negócio. Comedouros elevados do solo têm maior capacidade de garantir a qualidade do produto que o animal consumirá, já que reduzem o risco de contaminação por fezes, urina ou outros fatores externos”, afirma o zootecnista.

Estrutura adequada ao planejamento nutricional da propriedade

Segundo Marson, a área do comedouro deve ser planejada de acordo com o tipo de suplemento que será usado para alimentar o rebanho na propriedade. Ele explica que, para suplementos minerais, a área precisa ser de quatro a seis centímetros por cabeça. Já para proteicos de consumo de aproximadamente um grama por quilo de peso vivo, deve variar entre dez e 15 centímetros por cabeça; para consumo médio, de cerca de três gramas, de 20 a 30 centímetros por cabeça; nos casos de consumo mais elevado, em torno de cinco a sete gramas por quilo de peso vivo, a área necessária é de 40 a 50 centímetros por cabeça. Para rações ou suplementos de consumo irrestrito, o espaço deve ser de 50 a 70 centímetros por cabeça.

O zootecnista enfatiza que é essencial respeitar essas medidas, pois estão relacionadas ao comportamento social do gado. Ele lembra que o animal dominante chega primeiro ao cocho e, se o potencial de consumo daquele suplemento for menor, permanece menos tempo no local, permitindo que a área do cocho seja reduzida. Entretanto, se o suplemento tiver maior potencial de consumo, o animal dominante ficará mais tempo no cocho. Por isso, a área precisa ser maior, garantindo que todo o lote tenha acesso ao produto.

“Outro fator a ser observado é que a área linear do comedouro pode ser calculada para permitir a utilização por animais de ambos os lados. Se o criador trabalhar com diferentes categorias de suplemento, deve dimensionar o cocho considerando a categoria de maior consumo”, finaliza Marson. (Divulgação)

Foto: divulgação

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