A Câmara Municipal realizou nesta sexta-feira (7), uma audiência pública como parte do processo para reconhecer o município como a Capital Nacional do Associativismo, conforme previsto nos projetos de lei 5420/2019 e 52089/2019, de autoria do deputado federal Luiz Nishimori e do senador Flávio Arns, respectivamente. O projeto aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
A audiência destacou como o associativismo tem impulsionado o desenvolvimento econômico e social do município e foi promovida pela Comissão de Políticas Gerais (CPG) e contou com a participação de representantes de diversas cooperativas, associações, universidades, sindicatos, entidades de classe e setores da sociedade civil.
O presidente em exercício da Câmara de Maringá, vereador Sidnei Telles (Podemos), enfatizou que o Poder Legislativo Municipal está aberto para as políticas públicas do associativismo e parabenizou o deputado federal Luiz Nishimori pela luta em prol do desenvolvimento do setor. “Maringá tem mostrado para o Brasil todo um exemplo a ser seguido. A audiência é importante para Maringá, a cidade do associativismo que queremos ver de todas as maneiras gerando bons negócios e participação das empresas”.
A presidente da Comissão de Políticas Gerais (CPG), vereadora Akemi Nishimori (PSD), lembrou que Maringá é a “Casa” de cooperativas de diversos segmentos como saúde, produção, trabalho e agropecuária, e principalmente, de diversas associações que movimentam a economia da cidade.
Associativismo
O deputado federal Luiz Nishimori (PSD) ressaltou que a cidade se destaca em âmbito nacional como uma das melhores cidades para se viver no Brasil. “Planejada, visando o futuro brilhante, nem nossos pioneiros tinha dimensão do crescimento exponencial e pujança dessa cidade. A cada dia a cidade demonstra todo o seu potencial e vocação para a educação, o empreendedorismo e os serviços de associativismo e cooperativismo. É nítida a expansão e valor econômico de Maringá para o Paraná e para o Brasil com destaque para o agronegócio. Esse cenário permitiu o desenvolvimento do modelo associativo e do cooperativismo”, completou Nishimori.
Sobre o associativismo maringaense, Luiz Nishimori afirmou como um dos melhores modelos do país, permitindo o crescimento e desenvolvimento de todos associados, facilitando negociações de produtos e serviços, assim como a exportação e desenvolvimento de produtos com valor agregado.
O parlamentar lembrou que o associativismo de Maringá possui forte presença no setor comercial, educacional, industrial, crédito, saúde e de trabalho, sendo fonte de geração de emprego, renda e na melhoria da qualidade de vida de toda a população. Citou os programas de incentivo ao empreendedorismo e qualificação profissional da ACIM, as associações profissionais e culturais como o CTG, Centro Português e ACEMA.
Governança
O prefeito Silvio Barros sublinhou que associativismo é o que torna a cidade diferenciada, reconhecida nacionalmente com associações e cooperativas do agro como a Cocamar, setor financeiro, serviços e principalmente de governança.
“Destacamos o Codem (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá), exemplo de governança colaborativa da sociedade que planeja o município para o futuro e se tornou referência no país. Temos também o Observatório Social que nasceu aqui e é um mecanismo de mobilização da sociedade para acompanhar os gastos públicos que ganhou prêmios internacionais”, enfatizou o prefeito, lembrando que “o projeto de lei é um reconhecimento porque a capital do associativismo nós já somos”.
Faturamento
O presidente da ACIM, José Carlos Barbieri, ressaltou que o município conta com 15 cooperativas que faturam por ano mais de R$ 14 bilhões, gerando 3 mil empregos. “Desde o início Maringá contava com o espírito colaborativo. As iniciativas voltadas ao fortalecimento do ambiente de negócio em nossa cidade tem ligação intrínseca com o desenvolvimento regional”, afirmou.
O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, salientou o apoio da entidade ao projeto de lei no ano internacional do cooperativismo patrocinado pela ONU. “O título Capital Nacional do Associativismo está em ótimas mãos. Em Maringá temos a maior cooperativa do sistema Sicredi e a maior do sistema Sicoob. A maior cooperativa de trabalho profissional é a Unicampo e o maior hospital e sistema de saúde Unimed Paraná é de Maringá”.
Meio Ambiente
Em paralelo, Maringá foi pioneira na criação da primeira associação responsável pelo recolhimento e destinação ambientalmente correta das embalagens de defensivos agrícolas. Trata-se da Associação dos Distribuidores de Insumos e Tecnologia Agropecuária (ADITA), fundada em 1999 por um grupo de empresários. Hoje, 26 anos depois, o trabalho realizado por aqui é referencia em todo o país com quase 2 mil toneladas de embalagens recebidas destinadas todos os anos.
Mas afinal, o que é associativismo?
O associativismo de maneira geral é a união de pessoas jurídicas ou físicas com mesmas necessidades e interesses com objetivo da troca de experiências, redução de custos, credibilidade e maior competitividade. O direito à associação está garantido na Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XVII. (com Câmara Municipal de Maringá)