O Estado tem sete casos registrados, todos em aves silvestres das espécies Trinta Réis Real, Trinta Réis de Bando e Gaivota Maria Velha
Desde que foi detectado o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Paraná (23 de junho) em uma ave silvestre Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus) no município de Antonina, no Litoral, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou o monitoramento da doença e trabalha de forma intensiva para o atendimento das notificações, coleta de material e visita às propriedades da região. Até esta semana foram 414 fiscalizações nas áreas em torno dos focos e 49 investigações em resposta às notificações recebidas pelos vários canais disponibilizados pela Adapar.
O Estado tem sete casos registrados, todos em aves silvestres das espécies Trinta Réis Real, Trinta Réis de Bando e Gaivota Maria Velha. Além de Antonina, os focos estão em Pontal do Paraná, Guaraqueçaba e Paranaguá. Atuando de forma ininterrupta, inclusive nos finais de semana, a equipe do Litoral do Estado recebe apoio de servidores de outras regionais convocados para auxiliar nos trabalhos de atuação em focos, cadastramento de propriedades e atendimentos às notificações.
De acordo com o gerente regional da Adapar no Litoral, Élio Ricardo de Creddo, os trabalhos contam também com o apoio de parceiros como prefeituras, Instituto Água e Terra (IAT), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Polícia Ambiental e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“A equipe não mede esforços para que os materiais coletados em aves suspeitas da enfermidade sejam enviados o mais rápido possível ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA de Campinas-SP), laboratório de referência para influenza aviária de alta patogenicidade no Brasil”, explica Creddo.
A Gerência de Saúde Animal da Adapar deslocou a coordenadora estadual do Programa de Sanidade Avícola, Pauline Sperka de Souza, para monitorar e acompanhar os trabalhos desde o início do primeiro foco. “A presença da equipe acompanhando diretamente os trabalhos de campo deu mais agilidade aos atendimentos e às tomadas de decisão”, diz.
Não há propriedades de produção comercial no raio de 10 km dos focos e o Litoral do Paraná não tem uma avicultura industrial expressiva, de acordo com o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias. “No entanto, as equipes estão trabalhando para evitar que a doença atinja a avicultura de subsistência e comprometa a sanidade avícola do Estado”, afirma. (AEN)