Tensões em escalada no Mar Negro. Nesta sexta-feira (21), a Rússia voltou a atacar o Porto de Odessa, onde também realiza exercícios de tiro real com o objetivo de estender sua campanha para impedir a Ucrânia de embarcar grãos. Tais acontecimentos aumentam os temores sobre o desabastecimento global de alimentos.
Pelo quarto dia consecutivo os ataques russos provocaram grandes e perdas destruindo 100 toneladas de ervilhas e 20 toneladas de cevada. Além disso, duas pessoas ficaram feridas. De acordo com o jornal norte-americano, The New York Times, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve se reunir ainda hoje à medida que se espalham as consequências da decisão da Rússia se retirar unilateralmente de um acordo multinacional que permitia à Ucrânia exportar grãos para os mercados mundiais pelo Mar Negro.
Infelizmente a guerra ganha novos episódios com a movimentação do grupo Wagner em Belarus, próximo à fronteira com a Polônia (5 km). Depois de considerar as ameaças representadas pela presença dos soldados mercenários, o chefe do Ministério da Defesa da Polônia decidiu mover forças para o leste, Zbigniew Hoffmann. Imediatamente o presidente Vladimir Putin atacou a Polônia e disse que a Rússia responderia à “agressão” contra Belarus “com todos os meios à nossa disposição”.
Mercado – Em paralelo a todos estes acontecimentos o mercado de commodities segue operando no vermelho. No caso da soja a maior perda ocorre para os contratos com fechamento para novembro e janeiro de 2024 (-12 pontos). Já para o milho a maior desvalorização ocorre nos contratos para maio de 2024 (-10,25 pontos) e trigo também maio de 2024 (-19,50 pontos).