sexta-feira, setembro 20, 2024

Inflação dos alimentos deve fechar 2023 com menor alta em seis anos

Desaceleração tende a refletir a oferta maior de alimentos a partir das melhores condições climáticas para a produção e o alívio dos custos de insumos, segundo economistas.

Data.:

Os preços dos alimentos para consumo dentro de casa devem fechar 2023 com a menor inflação acumulada no Brasil em seis anos – ou seja, desde 2017. É o que sinalizam projeções de economistas consultados pela Folha de S.Paulo.

Segundo eles, a desaceleração ante 2022 tende a refletir a oferta maior de alimentos a partir das melhores condições climáticas para a produção e o alívio dos custos de insumos que haviam disparado nos últimos anos.

Por ora, as projeções indicam uma alta na faixa de 3% ou menos para os preços da alimentação no domicílio no acumulado de 2023 do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA é o índice oficial de inflação do país

Em 2022, os preços da alimentação no domicílio acumularam alta de 13,23%.

A carestia à época veio na esteira dos problemas climáticos no Brasil, das pressões de insumos usados na produção e dos impactos da Guerra da Ucrânia sobre as cotações de commodities agrícolas.

A alta em 2022 ocorreu após avanços de 8,24% em 2021, de 18,15% em 2020, de 7,84% em 2019 e de 4,53% em 2018.

Houve deflação (queda dos preços) de 4,85% em 2017. Naquele ano, a produção de alimentos também teve incremento de uma safra maior.

“A gente está saindo de praticamente três anos de muitos problemas climáticos para um ano muito bom nesse aspecto”, afirma o economista Matheus Peçanha, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

O FGV Ibre projeta alta de 3% para a alimentação no domicílio no acumulado de 2023. A base de comparação elevada dos preços, segundo Peçanha, também ajuda a explicar a desaceleração prevista para este ano.

“É uma média. Alguns produtos vão ter queda, como a gente tem visto na proteína animal [carnes]. Já os preços das hortaliças e dos legumes são mais voláteis. Em outros produtos, o aumento vai ser menos expressivo do que nos anos anteriores”, aponta o economista.

safra brasileira deve alcançar o recorde de 305,4 milhões de toneladas em 2023, segundo estimativa divulgada pelo IBGE na terça-feira (13).

Arquivo/Geraldo Bubniak/AEN

spot_img

VEJA TAMBÉM

Copom eleva juros básicos da economia para 10,75% ao ano

A alta recente do dólar e as incertezas em...

Soja: clima adverso no Brasil contribui para alta dos preços em Chicago – ouça

Ouça a análise do jornalista especializado em agronegócio, Cleber...

Valores do etanol seguem enfraquecidos

Entre 9 e 13 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ...

Ovos: recorde de produção pressiona cotações

Os preços dos ovos seguem em queda, refletindo a...

Receba as informações so site diáriamente.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Plantio de mudas em Maringá

Déficit hídrico na cana-de-açúcar supera 1.000 mm nesta safra

Produtividade tem queda de 7,4% no acumulado até agosto...

Copom eleva juros básicos da economia para 10,75% ao ano

A alta recente do dólar e as incertezas em...

Arroba do boi gordo atinge maior cotação do ano

As valorizações de todos os cortes com osso levantados...

Silvio Barros apresenta propostas para Maringá em encontro com empresários da Acim e do Codem

O candidato a prefeito de Maringá, Silvio Barros, acompanhado...

Soja: clima adverso no Brasil contribui para alta dos preços em Chicago – ouça

Ouça a análise do jornalista especializado em agronegócio, Cleber...

Arroz: é preocupante início da safra no Brasil

A liquidez no mercado do arroz em casca no...

Café: robusta valoriza 100% no trimestre

Os preços do café robusta seguem renovando os recordes...