Maior produtor de mandioca com finalidade industrial, o Paraná vai sediar a terceira edição da Feira Internacional de Mandioca (Fiman), que acontece entre os dias 21 e 23 de novembro. O evento será no Parque Internacional de Exposições Costa e Silva, em Paranavaí, cuja região concentra um grande complexo industrial relacionado à produção de fécula, farinha e polvilho azedo. Atualmente, o Paraná tem 42 fecularias que produziram 2,9 milhões de toneladas para a indústria em 2022. A produção da mandioca de mesa chegou perto das 400 mil toneladas no mesmo ano.
As inovações dos últimos anos explicam por que o estado se destaca: “Pudemos lançar novos produtos neste período, como as farinhas panificáveis e amidos modificados para diversas linhas”, destaca Maurício Gehlen, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), realizadora do evento.
Exportações em alta
A expectativa para a Fiman 2023 é alta. Na última edição, em 2018, o evento gerou R$ 180 milhões em negócios. “Esperamos ter um público ainda maior, negócios mais volumosos, mais transações comerciais entre as empresas exportadoras e o público que vai ao evento”, complementa Gehlen. Somando a mandioca industrial e a mandioca de mesa, o Valor Bruto de Produção (VBP) no Paraná em 2022 foi de R$ 3,1 bilhões e, com o encontro, o setor busca acelerar os negócios junto a investidores, industriais e exportadores.
O potencial de exportação é outro ponto relevante para os organizadores da Finam 2023. Entre 2021 e 2022, o comércio internacional da fécula cresceu 80% no Paraná, segundo estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), colocando o estado como o maior exportador do país. Na edição de 2018, a FIMAN recebeu representantes de Guiné, Serra Leoa, Luanda, Tailândia, Nigéria, Costa do Marfim, Colômbia, Gana, Estados Unidos, África do Sul, Paraguai, Senegal, Nicarágua; para este ano, diversos expositores internacionais estão confirmados, entre eles, Bosida, Sino Food Machinery e Bah Souley.
Inovações marcam safras recentes
Na safra 2022/2023, o Paraná plantou 126,4 mil hectares de mandioca industrial que renderam 2,9 milhões de toneladas; e mais 19,6 mil hectares de mandioca de mesa, com produção de quase 400 mil toneladas. Com a Finam, o mercado abre oportunidades para ampliar a capacidade de produção e fortalecer a cultura de inovação observada nos últimos anos.
Para se tornar o maior produtor nacional de mandioca industrial, o Paraná tem investido na melhoria dos processos de plantio e cultivo, com manivas selecionadas, melhor preparo e adubação do solo. O processo da colheita, no entanto, ainda é feito manualmente por grande parte dos produtores. Mecanizar a atividade e investir em genética e pesquisa são algumas das prioridades do setor – não somente no estado, mas em todo o país.
Fiman deve reunir mais de cinco mil pessoas
Seguindo a tendência de crescimento do mercado, a edição 2023 da Feira Internacional da Mandioca deve atrair mais de cinco mil pessoas entre industriais, produtores, fornecedores, consumidores e varejistas. Em 2018, foram realizados cerca de R$ 180 milhões em negócios. Além dos expositores internacionais, diversas marcas brasileiras estão confirmadas nesta edição: Amidos Bankhardt, Podium, Unimake, Fino Alimentos, Trans Scalcon, Secamaq, Ademicon Paranavaí, Top Limpeza, VMAQ, Trevisan, Paranavaí Máquinas, Barra Velha, DuParaná Alimentos e ASA Implementos.
A Fiman é uma realização da ACIAP em parceria com a Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, Sindicato Rural de Paranavaí, Centro Tecnológico de Mandioca (CETEM), Prefeitura de Paranavaí, Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP).