Os preços da soja trabalham em alta de 11 cents nos futuros de Chicago, manhã de segunda-feira, a U$ 13,15/janeiro. Na sexta-feira, o mercado, que vinha operando em alta, foi impactado negativamente pelos números do relatório de oferta e demanda de dezembro, que contrariou as expectativas do mercado.
- De qualquer maneira, os investidores estão mais atentos à realidade da safra brasileira do que nos conservadores números do relatório. A tendência é que as irregularidades no regime de chuvas, notadamente no Centro-Oeste, sigam orientando a formação do preço. Isto deve acirrar a demanda pelo produto norte-americano.
- De acordo com o USDA, a produção brasileira de soja deve alcançar 161,0MT, queda de apenas 2,0MT em relação às projeções de novembro. O mercado avalia que as perdas estão muito mias agressivas. Além disto, houve aumento de 2,0MT na produção da última temporada, para 160,0MT. Números que caíram em descrédito na maioria das análises.
- Os estoques finais do mundo ficaram praticamente inalterados, em 114,2MT; ante 101,9MT da temporada 2022/23. Enquanto isto, a produção total do mundo é estimada em 398,9MT, queda de 1,5MT em relação a novembro. Na última safra, a produção ficou em 374,2MT. O consumo está previsto em 383,9MT, contra 364,1MT do último ciclo. Como se vê, a relação produção versus consumo indica claramente aumento nos estoques finais de uma temporada para a outra.
- As exportações brasileiras foram majoradas em 2,0MT para 99,5MT – volume que é repassado para a China, que vê suas importações aumentadas para 102,0MT na temporada 2023/24.
- O plantio da safra brasileira chega a 90,9%, ante 94,7% do mesmo ponto do ano passado e média histórica de 95,2%. O levantamento é da consultoria Safras & Mercado.
- No mercado doméstico, os produtores se mantêm retraídos, observando a evolução da safra, que segue muito irregular – com perdas já confirmadas em muitos polos de cultivo. Prêmios apresentam melhora e são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 60/100 cents sobre a CBOT; para fevereiro, na faixa de negativos 20/10.
- Indicações de compra no oeste do estado entre R$ 138,00/140,00 e na faixa de R$ 148,00/149,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
MILHO – Os contratos negociados com milho em Chicago operam em ligeira queda, a U$ 4,85/março, neste momento, manhã de segunda-feira. Na sexta-feira, os preços fecharam com queda de 2 cents nos principais vencimentos, influenciados negativamente pelos números do relatório do USDA de novembro. Na BMF, janeiro opera em R$ 71,50 (+0,1%) e março a R$ 75,60 (0,1%).
- O relatório mensal de oferta e demanda, apresentado pelo USDA na última sexta-feira não trouxe maiores surpresas, ficando dentro do que o mercado vinha esperando.
- EUA: A temporada 2023/24 veio com a produção em linha com o report de novembro em 386,97MT. Houve, porém, um pequeno aumento das exportações, para 53,3MT e um pequeno corte nos estoques finais, para 54,1MT.
- Mundo: A produção mundial de milho na temporada 2023/24 é aumentada em pouco mais de 1,0MT, para 1.222,1MT. Ao mesmo tempo, os estoques finais sobem para 315,2MT, contra 300,1MT da temporada anterior. O consumo global é previsto em 1,207,0MT, ante 1.167,7MT do último ciclo.
- Brasil: A produção da última campanha foi mantida em 137,0MT e, para a próxima, em 129,0MT – com exportações de 57,0MT e de 55,0MT, respectivamente.
- Argentina: Previsão de produção de 55,0MT e exportações na ordem de 41,0MT.
– Indicações de compra na faixa entre R$ 58,00/60,00 no oeste do estado e em Paranaguá, entre R$ 63,00/68,00 – dependendo de prazos de pagamento e, no interior, também da localização do lote.
– CÂMBIO – O dólar opera em alta neste momento, a R$ 4,95. Na sexta-feira, fechou em R$ 4,929. (Granoeste Corretora – Camilo / Stephan – Relatório publicado às 9:45) - Foto: Cleber França