sábado, abril 19, 2025

SP vacina 100% do rebanho estadual contra a febre aftosa

O Governo de São Paulo encerrou a última campanha de vacinação contra a febre aftosa com 100% de cobertura do rebanho de bovinos e bubalinos, o equivalente a cerca de 5 milhões de animais com até 24 meses de idade. O sucesso da imunização encerrada em novembro foi confirmada com a divulgação de dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

“Alcançar um resultado como este é o resultado da dedicação e comprometimento que a Defesa Agropecuária tem com o agronegócio. Isto faz parte da nossa missão. Ao longo dos anos, avançamos em busca do aprimoramento do trabalho, preparando a cada vacinação uma próxima campanha ainda melhor para que pudéssemos nos sentir seguros para um novo desafio, que é o de manter o cadastro do rebanho e a vigilância ativa sem a necessidade da vacinação contra a doença, protegendo o rebanho paulista de doenças”, disse Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA.

Com a cobertura vacinal de 100% contra a aftosa, São Paulo vai adotar diferentes medidas para manter a sanidade do rebanho pecuário, em ações conjuntas entre os órgãos públicos e o setor pecuarista.

“A vigilância será um dos principais métodos para prevenção da doença e também para detecção precoce no caso de reintrodução da enfermidade”, afirmou Breno Welter, médico-veterinário e gerente do programa estadual de erradicação da febre aftosa.

Assim, não haverá novas campanhas de vacinação contra a aftosa em São Paulo neste ano. Nos meses de maio e novembro, os pecuaristas paulistas deverão fazer a declaração dos rebanhos de bovídeos, além de especificar os animais de outras espécies existentes em cada propriedade, como equídeos – equinos, asininos e muares –, suínos, ovinos, caprinos e aves.

Entre março a maio, a Defesa Agropecuária vai promover um inquérito soroepidemiológico para comprovar a ausência de circulação do vírus causador da febre aftosa no estado. O levantamento é parte dos requisitos que a Organização Mundial de Saúde Animal exige para validar o reconhecimento internacional como área livre sem vacinação.

A meta do Ministério da Agricultura e Pecuária é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa até 2026, sem necessidade de vacinação. A partir de maio, o país deverá restringir a movimentação de animais e produtos entre os estados autorizados a suspender a vacinação e as unidades federativas com campanhas obrigatórias de imunização dos rebanhos.

A vacinação será mantida nos estados de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte do Amazonas. Para o reconhecimento de zona livre de aftosa, a Organização Mundial de Saúde Animal exige a suspensão da vacinação contra a doença por pelo menos 12 meses. (Texto e foto: Secom SP)

Receba as informações do site diáriamente.

Mais do Canal do Agro

Renegociação de dívidas rurais que vencem em 30 de abril de 2025

Nesta última safra 2024/2025 ocorreram dois eventos que impactaram...

Frango: competitividade cai para suína

A carne de frango vem ganhando competitividade frente à...

Bovinos: demanda externa aquecida justifica valorização

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada”...

Como fica o clima até 21 de abril

Até 21 de abril apresenta chuvas menos volumosas em relação...

Paraná terá maior área cultivada com cevada da história

As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o...

Embrapa Soja celebra 50 anos

No dia 16 de abril de 2025, a Embrapa...