A demanda pós-carnaval não reagiu, e as cotações tanto dos animais quanto da carne seguem pressionadas. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns frigoríficos com escalas mais alongadas estiveram até mesmo fora das compras no início desta semana. Nesse cenário, os preços maiores foram deixando de ser praticados, e as médias regionais foram sendo reajustadas negativamente. No front externo, as exportações de carne bovina in natura registraram ritmo forte nos primeiros 10 dias úteis de fevereiro. De acordo com dados da Secex, os embarques diários registram média de 10,49 mil toneladas, totalizando 104,91 mil toneladas já embarcadas em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, o volume diário foi de 7,02 mil toneladas, somando 126,39 mil toneladas no período. Se mantido esse ritmo até o final do mês, as exportações podem se aproximar das 200 mil toneladas em fevereiro.
Suínos – O poder de compra de suinocultores paulistas frente aos principais insumos utilizados na atividade – milho e farelo de soja – vem crescendo de janeiro para esta parcial de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado das desvalorizações dos insumos, que têm superado os recuos observados nos preços do suíno vivo no mercado independente. No caso do animal vivo, os preços iniciaram fevereiro em alta, influenciados pela maior demanda de frigoríficos, que buscaram repor estoques de carne suína, tendo em vista a procura pela proteína mais aquecida na ponta final. Entretanto, com a entrada da segunda quinzena do mês – período em que sazonalmente a demanda doméstica se enfraquece, em razão do menor poder de compra do consumidor –, compradores se afastaram da aquisição de novos lotes de animais, contexto que resultou em queda de preços. (Cepea)
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