Ontem, o mercado da soja encerrou com uma pequena queda, aproximando-se da estabilidade. Felizmente, os ganhos alcançados na terça-feira em Chicago foram mantidos.
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A soja não conseguiu registrar ganhos devido ao fortalecimento do dólar, que pressionou as cotações.
Além disso, o óleo de soja também registrou queda, influenciando negativamente a soja, devido às reduções nos preços do óleo de palma. Quando o óleo de palma sofre queda, o óleo de soja tende a acompanhar, tornando-se menos atrativo.
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Embora os preços tenham atingido picos em novembro passado e desde então estejam em queda, durante esses meses temos observado altas esporádicas para a venda da soja.
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Os contratos em Chicago fecharam da seguinte forma:
o contrato para maio a 11,66 dólares por bushel ou 132,50 por saca
e o contrato para julho a 11,81 dólares por bushel ou 134 por saca.
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O que favorece a soja nos próximos meses são os prêmios positivos. Devemos aproveitar essa janela de venda, principalmente até agosto.
No entanto, em julho, é recomendado para aqueles que buscam valores melhores e mais segurança.
Até agosto, pode ser mais arriscado devido ao plantio americano: se for melhor do que o esperado, haverá queda para a soja; se for pior, teremos altas nos preços.
Aos produtores que tinham mais urgência em gerar caixa foi recomendado vender a soja quando o dólar estava a 5,30, dada a sua extrema volatilidade.
E, de fato, agora o dólar está na faixa de 5,13 e 5,15, o que faz uma grande diferença nos preços da soja.
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Com o dólar a 5,15, considerando os valores atuais em Chicago e os prêmios em +16 para julho, a soja fica cotada a 133,40 por saca no porto.
Se aumentarmos o dólar para 5,30, mantendo as mesmas cotações em Chicago e os prêmios, a soja estaria a 137,40 por saca em julho.
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Estamos falando de uma diferença de 65 reais por tonelada de soja, por uma pequena mudança no dólar.
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Portanto, é crucial acompanhar o mercado diariamente e aproveitar as pequenas altas ao longo das semanas, pois não há fundamentos altistas no momento para um aumento forte e prolongado nos preços da soja. (Filipe Soares)
Foto: Photodune