O governo federal anunciou, nesta terça-feira (26), o Plano Safra 2023/2024, com um total de recursos de R$ 364 bilhões. O crédito vai apoiar grandes produtores rurais e produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). O volume é 27% superior ao plano anterior.
Diferente do ano civil que vai de janeiro a dezembro, o ano safra inicia sempre em julho e termina em junho do ano subsequente. Vitor Pasquini, gerente de desenvolvimento do Agronegócio da Sicredi Dexis, destaca que no Plano Safra 2022/2023, a cooperativa alcançou recorde em liberação de crédito. “Foram mais de R$ 2,5 bilhões de crédito direcionado para o desenvolvimento do agronegócio, com crescimento superior a 40% em relação à safra anterior”, informa.
Ele destaca alguns pontos do plano anunciado. Do total de recursos liberados, R$ 232 bilhões serão destinados às linhas de custeio e comercialização e RS$ 92 bilhões para as linhas de investimento. “Em relação às taxas de juros, tivemos poucas mudanças diante da safra anterior. Nas linhas de custeio Pronaf e demais, os juros vão permanecer em 8% para Pronaf e 12% para os demais. A novidade é um bônus de meio ponto percentual na taxa para os produtores que apresentarem o CAR, que possuírem produção orgânica ou agroecológica, que utilizem bioinsumos, que possuem tratamento de dejetos nas granjas de suíno, aviários que possuem rebanhos rastreados ou alguma certificação de sustentabilidade”, comenta.
Um dos aspectos ressaltados por Pasquini é o aumento no volume de recursos para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) de 81% para construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas e de 61% para armazéns de maior capacidade.
“Isso é muito importante, principalmente para o momento que o Brasil está vivendo hoje, com uma deficiência na sua capacidade de armazenamento. Então, estamos ansiosos aguardando o lançamento do Plano Safra para Agricultura Familiar, que será nesta quarta-feira, dia 28. E é importante destacar que 24% do PIB do país vem do agronegócio e, por isso, a importância do governo federal continuar incentivando e investindo no desenvolvimento do setor”, destaca. (Texto e Foto: Giovana Campanha)
