sexta-feira, abril 18, 2025

Biosseguridade será abordada no 6° Fórum Rondoniense na Rondônia Rural Show, nesta quinta-feira (23)

Com o objetivo de manter o status de livre aftosa sem vacinação no estado o Governo de Rondônia por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) realiza nesta quinta-feira (23), na 11ª Rondônia Rural Show Internacional o 6° Fórum Rondoniense para Manutenção da Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.

A “Biosseguridade” será um dos temas palestrados durante o fórum.  O consultor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o Programa de Vigilância Baseada em Risco (PVBR/Aftosa), doutor Luis Gustavo Corbellini afirma que, a biosseguridade é o grande segredo para manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação.

A “Biosseguridade” retrata a respeito da saúde do animal buscando a prevenção e seguridade nos processos. Constitui-se na adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a entrada, exposição e propagação de doenças, garantindo a Proteção ao ambiente (incluindo a vida selvagem- animal e vegetal); Instalações seguras; Segurança e qualidade dos alimentos; Saúde dos animais e Bem-estar dos colaboradores que realizam os manejos na fazenda.

Especialista no assunto, Luis Gustavo  afirma que Rondônia é um caso de sucesso no que se refere à biosseguridade, com desenvolvimento de importante trabalho para prevenção da febre aftosa. “A Idaron é exemplo às demais agências de defesa agropecuária do Brasil. O PVBR tem sido feito de maneira exemplar, principalmente em relação a conscientizar o produtor sobre fatores de risco e os setores ligados à pecuária sobre responsabilidade compartilhada”, afirmou.

Segundo Luis Gustavo quando se avança para um futuro livre de febre aftosa sem vacinação, deve-se abraçar a responsabilidade compartilhada para garantir a proteção da pecuária. “A febre aftosa não é um capítulo fechado, mas uma narrativa contínua, onde a prevenção é a protagonista. Este é o momento de nos unirmos, aprender com o passado e construir um futuro sustentável para a pecuária”, enfatizou.

PRÁTICAS

Sobre a biosseguridade, o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha explica que, o termo é usado para realização de qualquer prática ou estrutura que a propriedade tenha, com objetivo de reduzir o risco de introdução de um agente de patógeno, de doença na propriedade, bem como a disseminação delas.

“Como bem pontuou o professor Luis Corbellini, Rondônia entendeu a importância do PVBR para uma boa estratégia de biosseguridade, que nada mais é do que um conjunto de normas e procedimentos para que se diminua o risco de introdução de determinado agente patogênico na propriedade, bem como limitar a disseminação, caso atinja algum animal”, pontuou o presidente.

As medidas de biosseguridade são inúmeras e devem ser aplicadas conforme os fatores de risco identificados pelos fiscais agropecuários. “Por exemplo, um produtor que tem um programa de biosseguridade desenvolvida pode ter procedimentos que regule a entrada de pessoas na propriedade, que limite a entrada de animais e, principalmente, que controle a origem dos animais que compra, mantendo-os, inclusive, em quarentena para avaliar se eles podem ter uma doença ou não”, explica Luis Cordellini.

Para adoção do programa de biosseguridade, cabe ao produtor solicitar a um técnico, um estudo baseado no PVBR, para que seja desenvolvido um conjunto de ação que reduza o risco de introdução de doenças no rebanho. “São práticas que devem ser elaboradas por um técnico para identificar quais são as doenças prioritárias e avaliar todas as medidas que são necessárias para reduzir o risco dessas doenças”, assegurou  o especialista.

PREVENÇÃO

O governador de Rondônia, Marcos Rocha destacou que as ações da Idaron tem sido fortalecidas em todo o estado, com base no que preconiza o Ministério da Agricultura e Pecuária, que está estimulando as agências de defesa agropecuária das regiões, as quais estão livres de aftosa sem vacinação. “Em consonância com o Mapa, por meio da Idaron, estamos estimulando e orientando os produtores a iniciarem práticas para prevenção de doenças, principalmente da aftosa, uma vez que a doença está erradicada, mas ainda existe”, salientou.

Por meio da Idaron, o governo estadual aprimorou a comunicação com o produtor rural e setores ligados ao agronegócio, convencendo-os de que são importantes parceiros na luta pela manutenção da área livre de febre aftosa, sem a necessidade de vacinação. (Texto: Toni Francis /Fotos: Wânia Ressuti/ Arquivo pessoal/Divulgação/ Toni Francis)

Receba as informações do site diáriamente.

Mais do Canal do Agro

Renegociação de dívidas rurais que vencem em 30 de abril de 2025

Nesta última safra 2024/2025 ocorreram dois eventos que impactaram...

Frango: competitividade cai para suína

A carne de frango vem ganhando competitividade frente à...

Bovinos: demanda externa aquecida justifica valorização

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada”...

Como fica o clima até 21 de abril

Até 21 de abril apresenta chuvas menos volumosas em relação...

Paraná terá maior área cultivada com cevada da história

As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o...

Embrapa Soja celebra 50 anos

No dia 16 de abril de 2025, a Embrapa...