sexta-feira, abril 11, 2025

Amendoim: Brasil é o maior exportador mundial de óleo

Conhecido por sua versatilidade, o amendoim a cada ano ganha mais espaço no campo. Podendo ser consumido cru ou cozido, é também um produto muito utilizado como matéria-prima de doces, bolos, bebidas e sorvetes. Além disso, a extração de seu óleo pode ser destinada às indústrias para a fabricação, por exemplo de vernizes, óleos, lubrificantes, cosméticos, tintas, inseticidas, entre outros. 

Além de ser um insumo importante para a indústria, o cultivo de amendoim também ganha a cada ano protagonismo. Se destacando como opção na rotação de culturas, principalmente em áreas de reforma de cana-de-açúcar. Podendo ser mais opção de fonte de renda aos produtores, ele também contribui com o solo, deixando-o mais rico em nitrogênio, importante nutriente para o desenvolvimento das lavouras, reduzindo por exemplo, o custo com a adição de fertilizantes minerais.

Apesar de ocupar o 12º lugar na produção mundial da cultura, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil mantém o primeiro lugar nas exportações de óleo, com 86 mil toneladas. A safra atual, está estimada em 248,2 mil hectares, sendo a segunda maior área desde do início da série histórica levantada pela Conab e a produção nacional deve totalizar 758 mil toneladas. São Paulo é o principal produtor com participação de 80% no total, seguido por Mato Grosso do Sul, com 11%.  Entretanto, o cultivo avança em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Paraná.

Diante deste enorme potencial, a AGTech Sima – Sistema integrado de monitoramento agrícola está ampliando a atuação na cultura com o objetivo de ajudar os produtores a serem ainda mais eficientes. De acordo com Felipe de Carvalho, coordenador da empresa no Brasil, com o auxílio de tecnologias de monitoramento, a área plantada e a produtividade podem crescer ainda mais. “Essa é uma cultura com grande potencial e vamos avançar o nosso Market share de 15% nesse mercado nos próximos meses. Já atendemos grandes grupos no Brasil e a estratégia é ampliar ainda mais”, destacou.

Precisão no monitoramento

A tecnologia da AgTech ganha espaço no campo por ser uma ferramenta simples, completa e inteligente que possibilita realizar o controle e monitoramento da lavoura de forma georreferenciada, desde o plantio até a colheita. De acordo com Carvalho, no caso específico do amendoim, a ferramenta tem ajudado produtores principalmente na identificação com precisão de doenças, com destaque para a Mancha preta ou Pinta preta, presente nas principais regiões produtoras do país. Sua ação causa redução da área foliar e queda prematura das folhas, podendo gerar perdas superiores a 50% na produtividade.

Causada pelo fungo Cercosporidium personatum, os sintomas dessa doença são representados por lesões pretas circulares, as quais se tornam visíveis aproximadamente após 40 a 45 dias da emergência inicial das plantas. Epidemias dela são favorecidas por períodos prolongados de molhamento foliar (igual ou superior a 10h) e temperaturas entre 20ºC e 26°C.

O patógeno responsável pela ocorrência da mancha preta sobrevive em restos culturais e se dispersa através do vento, porém a dispersão desse fungo é mais rápida, fato esse que torna essa doença mais agressiva quando comparada com a mancha marrom. “No Estado de São Paulo, por exemplo, a mancha preta tem se mostrado predominante e a mais severa entre as doenças foliares do amendoim, por isso, o monitoramento  se torna fundamental” diz Carvalho.

A ferramenta da Sima conta também com algumas funções inteligentes. Uma delas é que sua tecnologia permite por meio de uma simples fotografia, identificar o percentual do grau de severidade de doenças. “Desta forma, o produtor pode agir rapidamente evitando prejuízos maiores. Além disso, com poucos cliques é possível fazer o registro de um grande volume de informação com qualidade, reduzindo as necessidades de visitas ao campo”, reforçou o profissional.

Dicas de Controle

Para o controle da pinta preta, após a identificação, o produtor deve avaliar o grau de severidade. Uma recomendação é retirar os restos de cultura infectados ou contaminados do campo e enterrá-los por aração profunda no próprio campo. Outra dica é antecipar ou retardar a data da semeadura, visando evitar períodos climáticos favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.  

A doença é controlada seguindo um programa de pulverizações fungicidas a partir de 30-40 após a semeadura e aplicados a cada 14 dias, até 14 – 21 dias antes da colheita. “A nossa tecnologia está pronta e adaptada para ser uma importante aliada do produtor de amendoim. Com o controle eficiente das pragas e doenças a fazenda conseguirá ampliar sua produtividade e consequentemente vai melhorar a sua rentabilidade”, finalizou o coordenador. (Divulgação)

Foto: Divulgação Sima

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