sábado, abril 19, 2025

Clima seco e quente deve persistir pelas próximas duas semanas nas regiões produtoras de soja

A seca predomina e o calor aumenta na maior parte da zona da soja nos próximos 14 dias, prevê a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites. Mato Grosso, Norte do Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, que registraram umidade do solo bem abaixo da média no último mês, deverão permanecer com o mesmo cenário. Já a precipitação acumulada deve ficar 80% – ou até mais – abaixo da normalidade, de acordo com os modelos ECMWF (europeu) e GFS (americano). Ambos preveem continuidade do calor, sendo que o modelo americano projeta média da temperatura máxima acima dos 40°C para os próximos 10 dias, com possibilidade de ultrapassar 44°C neste fim dessa semana.

No Mato Grosso, considerando os últimos 39 dias e as próximas duas semanas, a previsão é que a média da precipitação acumulada fique entre 5,7 e 6,7 milímetros – mais de 10 vezes abaixo da média para o período e, também, o menor volume registrado em comparação com os últimos 10 anos. “Nas regiões onde o plantio já está liberado e a umidade segue muito baixa, a estratégia de aguardar o retorno das chuvas pode ser a correta, uma vez que reduz o risco de o produtor fazer o replantio devido à possível continuidade da seca”, afirma Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.

Em Goiás, a umidade do solo mantém-se muito baixa, reflexo da forte seca dos últimos meses. Não chove no estado desde junho e a previsão aponta para possíveis chuvas fracas nos próximos 14 dias, variando de 0,3 a 1,6 mm no acumulado.

No Centro-Sul do Mato Grosso do Sul, a umidade do solo apresentou aumento significativo na primeira quinzena de setembro, no entanto, a previsão é de queda nos próximos dias, e os produtores deverão acompanhar a situação antes de optar pelo plantio, caso a seca se prolongue.

No Rio Grande do Sul, o modelo europeu (ECMWF) prevê fortes chuvas esta semana, com acumulado de 65 mm apenas nesta quinta-feira (26/9) em diversas cidades. O excesso de chuvas pode diminuir a qualidade do trigo e resultar em alagamentos. (Divulgação)

Foto: Divulgação

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