Montante passa de R$ 206 milhões quando somados pagamentos por participação em vários programas mantidos pela cooperativa e crédito em conta capital
Mesmo em um ano bastante desafiador, em que o setor passou por dificuldades devido a uma série de fatores, como a forte queda dos preços das commodities já no início do exercício 2023, a Cocamar superou expectativas ao promover a partir da quinta-feira (14/12) uma distribuição de sobras aos seus cooperados no montante recorde de R$ 130,510 milhões, volume 22% acima em relação aos R$ 107,291 milhões do último exercício.
Proporcional – As sobras, anunciadas após reunião do Conselho de Administração no final da tarde de quarta-feira em transmissão ao vivo a todas as unidades da cooperativa, representam o retorno de resultados aos cooperados, sendo proporcional à participação de cada um tanto na entrega de sua produção quanto na aquisição de insumos agropecuários. Uma novidade neste ano é que em vez de cheques, como acontecia historicamente, os valores vão ser creditados em conta corrente dos cooperados, mas eles precisarão se dirigir às suas unidades para assinar a documentação.
Por produto – Dos R$ 130,510 milhões, nada menos que R$ 102,300 milhões vão ser distribuídos a produtores de soja , um valor 40% acima em comparação aos R$ 72,900 milhões do exercício 2022. O segundo maior montante é de milho: R$ 16,875 milhões. Os demais são milho AP (R$ 120 mil), sorgo (R$ 600 mil), trigo ( R$ 1,330 milhão), trigo II e III (R$ 555 mil), café beneficiado (R$ 80 mil), laranja (R$ 750 mil), Fertilizantes Viridian (R$ 1,650 milhão), defensivos e sementes (R$ 6,250 milhões).
Mais – Somando mais R$ 18,192 milhões pagos aos cooperados que participam de vários programas (soja para semente, soja avariado, selo social de soja e milho, trigo para semente, trigo branqueador, laranja da cooperativa de mercado solidário Coopsoli) e restituição de ICMS, além de R$ 53,567 milhões como crédito em conta capital, o volume de recursos chega a R$ 206,325 milhões. Em resumo, enquanto as sobras e os programas superam em 22% os valores de 2022, o crédito em conta capital é 12% maior.
Complemento – Ao lado do presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, e do vice-presidente executivo José Cícero Aderaldo, o presidente executivo Divanir Higino destacou a importância desse recurso para complementar a receita dos produtores cooperados em um ano tão difícil. Higino lembrou que a cooperativa teve em 2023 o melhor ano de sua história, em que o faturamento deve fechar com uma evolução de 15% em relação ao do exercício 2022, sendo registrado crescimento também nos seus resultados. E comentou que a partir de 2024 a capacidade estática de armazenagem, de 2,2 milhões de toneladas, será ampliada em mais 360 mil toneladas com as obras que estão sendo executadas em várias unidades.
Estratégia – Por sua vez, José Cícero Aderaldo falou sobre a necessidade que houve de uma intensa movimentação de soja e milho entre os armazéns, para acomodar as grandes safras deste ano, além de parte da produção ter sido acondicionada em silos-bag. “De qualquer forma, foi uma estratégia vitoriosa”, disse.
Gestão – Já Luiz Lourenço fez menção à qualidade da gestão da Cocamar, reconhecida por meio de importantes premiações, como o ouro em excelência de gestão no Prêmio SomosCoop 2023, concedido recentemente pelo Sistema OCB/Sescoop.
Importante – “Ficamos muito felizes em poder fazer a distribuição de sobras mesmo em um ano tão adverso. Isso mostra o quanto a Cocamar é importante para os cooperados”, declarou Divanir, ressaltando a necessidade de fortalecerem cada vez mais a sua cooperativa.
13o salário – Diferente de uma empresa comum, que capitaliza os lucros e os transfere para grandes centros ou mesmo para o exterior, a Cocamar faz o retorno de resultados aos cooperados, sendo para muitos dos quais um esperado “13º salário” para a celebração do Natal e que vai impactar positivamente na economia das regiões. (Rogério Recco)