A Cocamar Cooperativa Agroindustrial apresentou no início da manhã desta terça-feira (7/5) aos cooperados, com uma recepção em todas as suas unidades de atendimento, a campanha de antecipação de vendas de insumos para a safra de verão 2024/25, que começa a ser semeada em setembro.
Denominada Maratona de Vendas – Quem Inova, Cresce, a campanha é tradicionalmente promovida nesta época do ano para que os produtores façam a reserva dos insumos, o que permite à cooperativa e às empresas fornecedoras de sementes, defensivos e fertilizantes, planejarem a entrega em tempo hábil.
Durante evento organizado na manhã de segunda-feira (6/5) na Associação Cocamar em Maringá, que reuniu diretores, superintendentes, gestores de áreas, gerentes de unidades e suas respectivas equipes de profissionais técnicos, o assunto foi debatido amplamente para que o cooperado não deixe escapar a oportunidade de fazer também, com tranquilidade, o seu planejamento tecnológico, ressaltando-se que a relação de troca para o produtor, no momento, é uma das mais favoráveis em anos.
“Estamos procurando oferecer a melhor remuneração para o produtor”, comentou o presidente executivo Divanir Higino, salientando ainda que a cooperativa trabalha com as empresas de maior conceito no setor.
Mesmo com um cenário em que houve redução da produtividade da safra anterior (ciclo 2023/24) e queda dos preços, a safra de verão 2024/25 pode proporcionar um resultado positivo para o cooperado, uma vez que a relação de troca, no momento, é favorável”, destacou o vice-presidente da cooperativa, José Cícero Aderaldo.
É recomendável que o produtor que utiliza baixa tecnologia em sua lavoura, migre para um investimento de média ou alta tecnologia, a fim de aproveitar melhor a oportunidade e potencializar seus resultados, disse o superintendente de Relação com o Cooperado, Leandro Cezar Teixeira. Para tanto, é necessário fazer um planejamento com o profissional que o atende e definir quanto quer produzir. “Insistir em baixa tecnologia pode limitar o seu futuro na atividade”, afirmou.
Em relação a isso, o gerente executivo técnico, Renato Watanabe, citou sobre o histórico de produtores em várias regiões que, independente do cenário apresentado no ano, não deixam de investir em alta tecnologia e dessa forma, invariavelmente, apresentam produtividades bem acima da média regional.
Em Umuarama, por exemplo, no solo arenoso, onde a média regional foi de 99 sacas/alqueire no ciclo 2023/24, um produtor que tradicionalmente investe em alta tecnologia, obteve 155 sacas; em Maringá, onde a média não passou de 120 sacas, um outro produtor colheu 165 sacas e, em Cambé, para uma média regional de 116 sacas, um produtor conseguiu 180 sacas. “Com alto investimento, as médias são sempre superiores”, frisou.
“O cooperado confia na Cocamar e sabe que a cooperativa está trabalhando para que ele faça sempre o melhor negócio”, comentou o superintendente de Negócios, Anderson Bertolleti.
Antecipar para se garantir
“Estamos em um excelente momento para o cooperado fazer negócios”, observou o gerente executivo Comercial de Insumos, Geraldo Ganaza. “Pode parecer um pouco cedo para antecipar as compras para a safra de verão, mas a cooperativa precisa de um tempo para organizar essa cadeia e levar ao produtor os insumos no momento que ele precisa para o plantio”, ressaltou.
“Quando a gente olha os preços atuais dos insumos e o mercado futuro da soja, a relação de troca é muito favorável”, mencionou Ganaza. Em comparação a média dos últimos anos, os preços dos insumos apresentaram, no geral, uma redução de 13%. Para ele, fazer economia no pacote de insumos, diminuindo a tecnologia, não é uma decisão plausível, uma vez que “a maior rentabilidade dentro da composição de um pacote vai estar na aplicação de uma alta tecnologia”. O produtor investe um pouco mais com os insumos, mas, em contrapartida, o potencial produtivo da cultura, a depender do clima, será muito maior.
Segundo ele, quando um produtor faz um manejo bem-feito, seguindo a orientação dos profissionais da cooperativa, e investe em tecnologias com os materiais adequados e os tratos culturais feitos no momento certo, mesmo em anos adversos tem havido uma boa produtividade.
Em resumo, de acordo com o gerente executivo, o que se orienta ao cooperado é que ele trave os seus custos, uma prática necessária. “Importante que ele olhe neste momento para a sua relação de troca e não deixe de travar os custos, comercializando o restante em etapas fracionadas à medida que surgirem boas oportunidades”. A orientação, portanto, conforme Ganaza, é que o produtor procure as unidades da Cocamar até o dia 20/5, quando a campanha será finalizada, para desenhar o seu pacote tecnológico com o profissional técnico.
Pode faltar sementes e
tendência é de estoques menores
Responsável na Cocamar pela área de fertilizantes, o gerente comercial Paulo Martarello destacou que a cooperativa trabalha com um portfólio amplo nas linhas de convencionais, especiais, premium e novos produtos e entrega ao cooperado exatamente o que ele comprou. “Somos uma das poucas cooperativas que contam com um laboratório para análise de amostras de fertilizantes, assegurando a qualidade do produto”.
Por sua vez, o gerente comercial da área de sementes, Paulo André Câmara, explanou que na última safra as sementes Cocamar apresentaram 90% de teor de germinação e 85% de vigor, como resultado de um trabalho criterioso que conta em sua Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS), com um laboratório de qualidade que passa por auditoria periódica por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além de máquinas modernas para tratamento de sementes.
Segundo Paulo André, como cerca de 50% dos campos de sementes estão localizados no Rio Grande do Sul, que vem passando por uma catástrofe em função do excesso de chuvas, esse é um ponto que precisa ser considerado pelo produtor, para a antecipação de suas compras. “Com certeza, não vai haver sobras de sementes”.
Da mesma forma, o gerente alertou que adquirir sementes piratas é crime, não havendo controle de qualidade e tampouco a possibilidade de fazer seguro, sendo que, de qualquer forma, 7,5% de royalties vão ficar retidos.
Responsável por defensivos, o gerente comercial Tiago Palaro ressaltou que a Cocamar garante a procedência dos insumos fornecidos ao cooperado, avisando haver, neste ano, uma tendência de redução dos estoques no mercado.
Por fim, o gerente de produtos Viridian, André Bartchechen, destacou que, não raro, o produtor acaba deixando o investimento em nutrição foliar por último em suas prioridades, o que precisa ser revisto, pois uma planta bem nutrida ajuda a segurar as vagens.
Fatores diversos podem
impactar os preços dos grãos
Em sua participação no evento, o gerente executivo de Grãos da Cocamar, Ednei Almeida, explicou que o mercado internacional de grãos está de olho em alguns fatores que podem interferir nos preços dos grãos. O primeiro deles, o plantio de soja e milho em curso neste momento nos Estados Unidos, onde um eventual problema climático ou uma situação de plena normalidade pode mexer com as cotações. Os observadores estão atentos, também, aos efeitos para o mercado de um conflito entre Israel e Irã, bem como da greve dos portuários na Argentina e até mesmo da frustração de safra de soja no Rio Grande do Sul, onde de 25 a 30% da produção ainda a ser colhida já estaria comprometida devido ao excesso de chuvas. (Rogério Recco)
Foto: Cocamar