Da área a colher, 82% tem condição boa, 15% condição mediana e 3% tem condição ruim de desenvolvimento
O clima tem favorecido, com isso a colheita da segunda safra de milho 2022/23 avançou e atingiu 3% da área total estimada de 2,4 milhões de hectares. A colheita concentra-se nas regiões Sul e Oeste do Estado. No campo, as lavouras apresentam condições estáveis quando comparadas à semana anterior. Da área a colher, 82% tem condição boa, 15% condição mediana e 3% tem condição ruim de desenvolvimento.
Em Doutor Camargo, município localizado na região Noroeste, de acordo com o agricultor Idelfonso Ausec, a produtividade está girando em torno de 80 sacas por hectare, volume que não deve cobrir os custos de produção. “Esses milhos que estão colhidos foram plantados em meados de fevereiro e sofreram com estiagem na época do apendoamento. Outro detalhe é o preço muito ruim do grão. Os insumos foram comprados a um custo alto, com certeza a conta não vai fechar”, avaliou.
A produção esperada na segunda safra de milho no Paraná reduziu 209 mil toneladas em relação à expectativa inicial. A previsão agora é de que o Estado colha 13,8 milhões de toneladas. A área plantada nesta safra é de 2,4 milhões de hectares, 12% menor do que a área da safra 2021/2022. De acordo com o Deral, as chuvas abaixo do esperado em boa parte do Paraná, junto com pragas em parte das lavouras, são os principais motivos para a redução. Se comparado ao ciclo anterior, de 13,3 milhões de toneladas, o volume estimado é 4% maior.
No mercado, os preços do cereal apresentaram uma reação, nas últimas semanas, porém não agradam. Os produtores chegaram a receber na casa dos R$ 48,00 pela saca de 60 kg. “Entretanto, o preço atual é ainda quase 40% menor que os preços praticados em junho de 2022”, comparou o analista do Deral, Edmar Gervásio.
Total – Esses dados foram divulgados recentemente pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que mostra que a produção de grãos no Paraná no ciclo 2022/2023 deve gerar 46,6 milhões de toneladas em uma área de 10,85 milhões de hectares.
(Cleber França com AEN) (Foto: Gilson Abreu/AEN)