Mesmo com as chuvas registradas em diversas regiões produtoras, muitos agricultores mantiveram o ritmo das vendas de mandioca na última semana, com o objetivo de garantir capital para o cultivo da safra 2025/26. É o que indicam os dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Além da necessidade de recursos financeiros, alguns produtores também aceleraram a colheita para liberar áreas destinadas a outras culturas, o que contribuiu para o aumento da oferta da raiz em grande parte das regiões monitoradas pelo Cepea.
Esse acréscimo na disponibilidade do produto provocou queda nos preços pelo terceiro período consecutivo. Entre os dias 2 e 6 de junho, o valor médio nominal da tonelada de mandioca, entregue às fecularias e negociada a prazo, ficou em R$ 537,88, o que equivale a R$ 0,9354 por grama de amido. O recuo foi de 0,55% em comparação à semana anterior.
Apesar da desvalorização recente, a cotação atual apresenta um ganho real de 18,8% em relação ao mesmo intervalo de 2024, considerando a correção pelo IGP-DI. Isso evidencia que, no comparativo anual, os preços seguem em patamar mais elevado. (com Cepea)
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN