O cultivo da soja está proibido no Paraná pelos próximos três meses. O período do chamado “vazio sanitário” começou neste sábado (10) e segue até 10 de setembro. Também não é permitido manter plantas vivas de soja nos campos paranaenses.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, o objetivo é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra. Consequentemente, o vazio sanitário também reduz a incidência e atrasa a ocorrência da doença na próxima safra.
O gerente de Sanidade Vegetal da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Renato Rezende Young Blood, destaca que é fundamental a colaboração de todos os agricultores para que esse cuidado seja adotado em todo o estado.
“A prática do vazio sanitário da soja beneficia o agricultor, que terá essa doença cada vez mais tarde necessitando menos aplicações de fungicidas, além de auxiliar na manutenção da eficácia desses produtos para o controle da ferrugem”, explicou.
A fiscalização do vazio sanitário cabe à Adapar. A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, rápida disseminação e alto custo de controle, a praga é considerada a principal doença da soja.
Na última safra, em 2022/23, o Paraná bateu recorde ao colher 22,34 milhões de toneladas. Foi o maior registro da história do estado.
Foto: Camila Roberta Javorski Ueno/Adapar