sábado, novembro 23, 2024

Especialistas orientam como preparar o solo para minimizar os impactos do La Niña 

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Frente aos desafios climáticos, investir nos cuidados com o solo pode ser crucial para o bom desempenho da lavoura na próxima safra

Após um período marcado pelo fenômeno El Niño, o mês de julho deve marcar o início do La Niña no hemisfério Sul, se estendendo até o final do verão, conforme a projeção mais recente da agência climática dos Estados Unidos. Com isso, a tendência é um aumento no volume de chuvas no Norte e uma redução de precipitações no Sul do país. 

De acordo com os especialistas, o aumento da temperatura e alterações no regime de chuvas podem provocar perdas significativas nas safras de grãos, e alterar a geografia da produção agrícola. Além das perdas diretas por falta de água, essas circunstâncias também podem agravar o risco dos problemas fitossanitários.

“Esse é um período que merece uma atenção muito grande do produtor rural, pois ele pode enfrentar dificuldades hídricas, principalmente nas lavouras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Por isso, mais do que nunca, o manejo do solo é estratégico”, ressalta o engenheiro agrônomo e especialista em solos, Caio Kolling.

O alerta do especialista é reforçado por um estudo realizado neste ano pela consultoria Céleres, onde foi identificado que a ocorrência de La Niña de baixa intensidade, tem capacidade de diminuir a produtividade média de milho verão em 8 sacas por hectare. 

Com a soja, o impacto não é muito diferente. A planta necessita de aproximadamente 500 mm a 700 mm de chuvas, entretanto, em condições anômalas, como em La Niña, pode haver, para algumas regiões do Sul, restrição no volume de chuvas.

“O aumento da temperatura e redução da precipitação cria um cenário propício ao aumento da evapotranspiração da cultura, ou seja, a soja perde mais água para a atmosfera. Por isso, é preciso otimizar o uso do solo e aprimorar o manejo das culturas. Solos com maior capacidade de água disponível suportam períodos mais prolongados de estiagem, na comparação com aqueles que possuem menor capacidade de armazenamento de água”, destaca.

Para enfrentar essa situação, uma alternativa que vem sendo adotada por produtores do Sul do Brasil tem sido o uso do sulfato de cálcio granulado, como um condicionador de solo. O fertilizante mineral, com fonte de cálcio e enxofre solúveis age tanto nas camadas superficiais quanto nas mais profundas do solo, minimizando os efeitos do alumínio tóxico e melhorando o ambiente radicular, colaborando com a construção do perfil e fazendo com que a raiz atinja maiores profundidades, como explica o especialista em solos.

“A dica é começar com a aplicação de calcário, para neutralizar o alumínio tóxico e corrigindo o PH em superfície e fornecendo cálcio e magnésio. Muitas vezes quando trabalhamos apenas com calcário, temos uma limitação do crescimento radicular em superfície, e nós precisamos fornecer condições para o alongamento do crescimento radicular em profundidade, aí entra a alternativa do gesso agrícola”, destaca o agrônomo.

No entanto, o especialista lembra que para construir um perfil de solo o produtor precisa cuidar não somente da parte química do solo, mas física e biológica, para atingir um diferencial e, em períodos de adversidades climáticas, enfrentar com sucesso as adversidades. Nesse sentido, sulfato de cálcio aditivado com nanomateriais avançados com propriedades também condicionadoras são recursos indispensáveis nesse processo de preparação do solo.

““Tecnologias de fácil acesso, boa relação custo-benefício, de rápida resposta são importantes ferramentas no início, meio e fim, do planejamento de manejo de solo para altas produtividades. O básico bem feito ainda é importante, mas as necessidades das culturas agrícolas vão além do tradicional. É preciso enxergar a lavoura como um sistema que merece atenção o ano inteiro”, enfatiza o agrônomo, que também é gerente de marketing da Maxisolo, empresa referência na produção de Fertilizantes minerais especiais.

“A Maxisolo é uma empresa catarinense, com fábrica em Imbituba, focada em desenvolver e comercializar soluções tecnológicas e inovadoras voltadas à construção do perfil do solo para tornar o dia a dia no campo mais ágil e produtivo”, enfatiza Kolling.

Entre as soluções da Maxisolo além dos fertilizantes minerais SulfaCal, SulfmaiS e ImpactoS, fonte de cálcio e enxofre solúveis, muito utilizado para condicionar o solo e aumentar as raízes profundas, o portifólio conta ainda com o Sulfabor, um fertilizante mineral misto, composto por uma fonte de liberação rápida de boro e outra de liberação gradual. Esse tipo de formulação com liberação rápida e gradual é a chave do sucesso do produto, pois oferece maior eficiência, quantidade adequada de nutrientes para a lavoura e, consequentemente, maiores produtividades. (Emerson Alves /AgroUrbano Hub Comunicação)

Foto: MaxiSolo/divulgação

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