Desde abril do ano passado, o país mantém um patamar acima das 100 mil toneladas exportadas mensalmente
Mesmo com recuo em relação ao mês anterior, as exportações brasileiras de carne suína atingiram um volume recorde para o mês de maio, conforme os dados históricos da Secex, iniciados em 1997. De acordo com análises do Cepea, o Brasil embarcou 117,5 mil toneladas da proteína suína no último mês, o que representa uma queda de 8,1% frente a abril, mas um aumento expressivo de 13,7% em comparação com maio de 2024.
Desde abril do ano passado, o país mantém um patamar acima das 100 mil toneladas exportadas mensalmente, um feito significativo para o setor suinícola nacional. Esse desempenho consistente destaca a forte presença do Brasil no mercado internacional de carne suína.
No cenário interno, o Cepea observou que, após uma segunda metade de maio marcada por retração nos preços do suíno vivo entregue à indústria e da carne suína, houve recuperação entre os dias 3 e 10 de junho. A retomada das cotações ocorreu na maioria das regiões acompanhadas, impulsionada por uma demanda mais aquecida. Esse aumento está relacionado ao maior poder de compra dos consumidores no início do mês, o que tradicionalmente favorece o consumo.
Peixes – Já no mercado de tilápia, os preços médios da proteína, tanto viva quanto resfriada, permaneceram praticamente estáveis ao longo de maio nas principais praças monitoradas pelo Cepea. A sustentação nos preços foi favorecida pela demanda aquecida no começo do mês, reflexo do consumo elevado durante a Quaresma. No entanto, com o avanço do mês e a queda nas temperaturas, a procura diminuiu, pressionando os valores praticados.
Em relação às exportações de tilápia, os embarques mantiveram tendência de queda em maio. Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, foram exportadas 1.420 toneladas, redução de 7,4% frente a abril. Ainda assim, o volume ficou 2,2% acima do registrado no mesmo mês de 2024, mantendo o desempenho em patamar elevado. (com Cepea)
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN