O Instituto Água e Terra (IAT) lançou uma nova ferramenta para colaborar com a preservação do meio ambiente no Paraná.
A plataforma Áreas Estratégicas para a Conservação e Restauração da Biodiversidade (AECR), desenvolvida pelas equipes da diretoria de Patrimônio Natural e do Núcleo de Inteligência Geográfica e Informação (NGI), reúne diversas informações de interesse público, com foco na manutenção da biodiversidade.
A AECR traz, por meio de diferentes mapas temáticos, a cobertura florestal nativa paranaense; remanescentes florestais por classe de prioridade; Unidades de Conservação (UC) estaduais e federais; localização de terras indígenas e outras comunidades tradicionais do Estado; regiões fitogeográficas do Paraná; além das áreas estratégicas que podem colaborar com a conservação e restauração da biodiversidade local.
A ferramenta foi oficializada pela Portaria IAT nº 344/2023, já está no ar e pode ser consultada AQUI.
Engenheira Florestal do IAT e responsável pelo projeto, Mariese Muchailh explicou que a plataforma vai facilitar o acesso a dados e informações ambientais, com subsídios técnicos fundamentais para aplicação em projetos ambientais, no cumprimento da legislação vigente e na formulação e execução de políticas públicas pelas diferentes esferas.
“Demoramos em torno de um ano para desenvolver esse sistema que vai ajudar muito o meio ambiente do Paraná. Será o ponto focal para elaboração de qualquer política pública voltada para a biodiversidade”, afirma a técnica.
A expectativa, diz ela, é que a ferramenta seja amplamente adotada por gestores ambientais, pesquisadores e pela população em geral, potencializando os esforços na preservação e restauração da biodiversidade estadual.
“Assegura também os compromissos nacionais e internacionais que o Paraná integra, como as campanhas Race to zero e Race to resilience, que visam à redução e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a resiliência climática”, explica.
INEDITISMO – O mapeamento das áreas estratégicas também contou com o suporte técnico e especializado de pesquisadores do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para atualização do mapeamento já existente. Eles desenvolveram, ainda, uma metodologia inédita de priorização de fragmentos remanescentes de vegetação nativa como ferramenta adicional à conservação da biodiversidade.
“A criação do banco de dados dos remanescentes florestais, que integra a plataforma, facilitará muito o monitoramento da floresta nativa, além de trazer subsídios técnicos para a formação de corredores ecológicos e outras políticas ambientais”, destaca Mariese.
“Vai ajudar a indicar também as áreas prioritárias para criação de novas Unidades de Conservação, inclusive municipais, bem como indicar propriedades rurais que detenham áreas prioritárias para compensação relacionada licenciamento ambiental”, acrescenta o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto. (AEN)
Foto: AEN