quinta-feira, abril 10, 2025

Inflação dos alimentos deve fechar 2023 com menor alta em seis anos

Desaceleração tende a refletir a oferta maior de alimentos a partir das melhores condições climáticas para a produção e o alívio dos custos de insumos, segundo economistas.

Os preços dos alimentos para consumo dentro de casa devem fechar 2023 com a menor inflação acumulada no Brasil em seis anos – ou seja, desde 2017. É o que sinalizam projeções de economistas consultados pela Folha de S.Paulo.

Segundo eles, a desaceleração ante 2022 tende a refletir a oferta maior de alimentos a partir das melhores condições climáticas para a produção e o alívio dos custos de insumos que haviam disparado nos últimos anos.

Por ora, as projeções indicam uma alta na faixa de 3% ou menos para os preços da alimentação no domicílio no acumulado de 2023 do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA é o índice oficial de inflação do país

Em 2022, os preços da alimentação no domicílio acumularam alta de 13,23%.

A carestia à época veio na esteira dos problemas climáticos no Brasil, das pressões de insumos usados na produção e dos impactos da Guerra da Ucrânia sobre as cotações de commodities agrícolas.

A alta em 2022 ocorreu após avanços de 8,24% em 2021, de 18,15% em 2020, de 7,84% em 2019 e de 4,53% em 2018.

Houve deflação (queda dos preços) de 4,85% em 2017. Naquele ano, a produção de alimentos também teve incremento de uma safra maior.

“A gente está saindo de praticamente três anos de muitos problemas climáticos para um ano muito bom nesse aspecto”, afirma o economista Matheus Peçanha, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

O FGV Ibre projeta alta de 3% para a alimentação no domicílio no acumulado de 2023. A base de comparação elevada dos preços, segundo Peçanha, também ajuda a explicar a desaceleração prevista para este ano.

“É uma média. Alguns produtos vão ter queda, como a gente tem visto na proteína animal [carnes]. Já os preços das hortaliças e dos legumes são mais voláteis. Em outros produtos, o aumento vai ser menos expressivo do que nos anos anteriores”, aponta o economista.

safra brasileira deve alcançar o recorde de 305,4 milhões de toneladas em 2023, segundo estimativa divulgada pelo IBGE na terça-feira (13).

Arquivo/Geraldo Bubniak/AEN

Receba as informações do site diáriamente.

Mais do Canal do Agro

Paraná pode ser beneficiado por guerra tarifária global

A recente escalada da guerra tarifária entre os Estados...

Deputados aprovam aumento de pena para poluição ambiental por meio de pulverização aérea 

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da...

Mundial Braford tem julgamentos e palestras em Esteio (RS)

Atividades ocorrerão após Gira Técnica por quatro propriedades gaúchas A...

Conheça os benefícios da aplicação localizada de herbicidas

A tecnologia WEED-IT, que utiliza nas barras de pulverização...

Suínos: cotações voltam a cair

Os preços do suíno vivo e da carne voltaram...

PIB do agronegócio fecha 2024 com crescimento de 1,81%

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 4,48%...

China revida com tarifas de 84% aos produtos dos Estados Unidos

A China aumentará as tarifas adicionais sobre produtos importados...

Garota Country 2025: conheça as 15 candidatas que vão disputar a coroa da Expoingá

O tradicional Concurso Garota Country, o mais prestigiado evento...