Com mais produto parado e dificuldade para escoar a produção, os preços da proteína recuaram
O mês de maio termina com o mercado de ovos em ritmo lento e preços em baixa em praticamente todas as regiões monitoradas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Segundo produtores e comerciantes ouvidos pelo Centro, as vendas esfriaram nas últimas semanas, o que acabou elevando os estoques nas granjas.
Com mais produto parado e dificuldade para escoar a produção, os preços da proteína recuaram, acompanhando a menor movimentação do mercado. Esse cenário, porém, pode começar a mudar em breve.
A expectativa é que, com a virada do mês e a entrada dos salários na conta do consumidor, o consumo de ovos aumente, como costuma ocorrer nesse período. Esse movimento deve impulsionar o fluxo de vendas e ajudar a dar uma respirada nos preços.
Além disso, em algumas regiões, produtores já começaram a descartar poedeiras mais velhas — uma estratégia para reduzir a oferta e equilibrar o mercado. Essa medida pode ajudar a conter a pressão de baixa e, quem sabe, até dar um leve fôlego às cotações nos próximos dias.
Brasil – Vale lembrar que o Brasil é um dos maiores produtores de ovos do mundo, com uma produção estimada em cerca de 40 bilhões de unidades ao ano. Em média, cada brasileiro consome aproximadamente 260 ovos por ano, um número que vem crescendo, impulsionado pela busca por fontes de proteína mais acessíveis.
Agora, o setor segue atento aos próximos passos da demanda e à resposta do mercado a essas ações de ajuste na oferta. (com Cepea)
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