O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) observou um piora nas condições das lavouras de milho segunda safra 2023/24. Há 15 dias, dos 2,4 milhões de hectares plantados, 86% tinham condição boa no campo. Agora o percentual caiu para 72%. De outro lado, a área em condição ruim cresceu de 2% para 8%, enquanto a situação mediana se verifica em 20%.
CAQUI – O boletim do Deral traça ainda um panorama sobre a produção de caqui, que em 2022 foi cultivado em 7,8 mil hectares no Brasil, constituindo-se na 20ª fruta em área e a 19ª em volumes colhidos (164,4 mil toneladas), de acordo com o IBGE. O Valor Bruto de Produção (VBP) alcançou R$ 428,7 milhões.
A fruta é explorada em oito unidades da Federação, com liderança de São Paulo (47,1%), Rio Grande do Sul (26,5%) e Minas Gerais (11,4%). O Paraná responde por 4,6%. Segundo o Deral, em 2022 foram produzidas 6,8 mil toneladas em 494 hectares, com VBP de R$ 22,4 milhões.
MEL – O documento apresenta também os dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, sobre as exportações de mel natural no primeiro bimestre de 2024. O Paraná ocupa a oitava posição, com receita de pouco mais de US$ 447 mil para 208 toneladas exportadas, e preço médio de US$ 1,70 por quilo.
No ano passado, no mesmo período, o Paraná havia exportado 163 toneladas, mas teve receita de US$ 624,5 mil, resultado de um preço médio bem mais elevado, ficando em US$ 3,83 por quilo. No Brasil, o volume exportado nos dois primeiros meses de 2024 foi de 3.874 toneladas para receita de US$ 9,9 milhões.
FRANGO – O boletim analisa também a relação entre preço do frango pago ao produtor e os principais insumos de criação. Em março o valor nominal médio do frango vivo atingiu R$ 4,53 o quilo. Com isso foram necessários 208 quilos de frango para adquirir uma tonelada de milho. Em março de 2023 a relação era de 282 quilos. De farelo de soja eram necessários 586 quilos no ano passado, agora 436 quilos foram suficientes.
TABACO – O documento comenta ainda o término da colheita de tabaco no Paraná. Foram produzidas 144,4 mil toneladas, o que corresponde à redução de 16% comparativamente às 172 mil toneladas do ciclo anterior, ainda que a área cultivada tivesse passado de 72 para 74,6 mil hectares.
Os motivos da queda são principalmente a falta de luminosidade em outubro e novembro, o que prejudicou o desenvolvimento vegetativo, e o encharcamento de áreas, dificultando o enraizamento das plantas e provocando perda total em algumas localidades. (AEN)
Foto: Divulgação