As recentes chuvas que atingiram o Paraná favoreceram o desenvolvimento da safra de milho, sem que o frio e as geadas localizadas causassem prejuízos significativos. Até o momento, cerca de 3% da área cultivada — estimada em 2,72 milhões de hectares — já foi colhida. Aproximadamente 40% das lavouras restantes encontram-se em fase de maturação, reduzindo praticamente a zero o risco de danos causados pelas baixas temperaturas.
O cenário é positivo para os produtores, que contam com um clima favorável para o término do ciclo e uma boa expectativa de produtividade. Os dados são da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), que divulgou o panorama atual das principais culturas no Estado.
Mandioca – A colheita da mandioca também avança em ritmo mais acelerado do que em 2024, quando foi prejudicada pela seca. Para este ano, a expectativa é de uma produção de 4,2 milhões de toneladas, um crescimento de 16% em relação às 3,7 milhões de toneladas colhidas no ano passado.
Esse avanço resulta tanto do aumento de 9% na área plantada, que passou de 138,6 mil hectares para 151,4 mil hectares, quanto do ganho em produtividade, que subiu de 26,6 para 28 toneladas por hectare.
Cebola – Em contrapartida, o cultivo de cebola no Paraná deverá ter retração neste ciclo. A área plantada está estimada em 2,6 mil hectares, 13,5% menor do que os 3,2 mil hectares do ano anterior. A colheita deve alcançar 109,5 mil toneladas, volume 15,1% inferior às 129,1 mil toneladas obtidas no ciclo passado.
Mesmo com a redução, algumas regiões se destacam na produção da hortaliça. Guarapuava permanece como a principal produtora do Estado, com previsão de plantar 950 hectares e colher 52,7 mil toneladas. Na sequência, a região de Curitiba e entorno deverá produzir 28,7 mil toneladas em uma área de 897 hectares. Já o regional de Irati estima uma colheita de 13,3 mil toneladas em 400 hectares.
Assim, a temporada se caracteriza por boas perspectivas para o milho e a mandioca, enquanto a cebola enfrenta uma retração tanto na área cultivada quanto na produção. (com informações AEN)
Foto: Cleber França