Os preços do milho voltaram a recuar nos portos brasileiros na semana passada. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a pressão veio das desvalorizações externa e do dólar. Apesar das quedas, os preços em Paranaguá (PR) e em Santos (SP) ainda operam acima dos registrados no mercado interno, o que mantém firme o interesse de parte de produtores em realizar negócios apenas para exportação.
Como resultado das negociações realizadas em meses anteriores, o ritmo de embarques atual está intenso. Segundo dados da Secex, em 14 dias úteis de outubro, o Brasil exportou 5,89 milhões de toneladas de milho, o que já representa 87% do total embarcado no mesmo mês de 2022 – de 6,78 milhões. Caso o atual ritmo diário, de 420 mil toneladas, se mantenha até o final de outubro, o volume total a ser escoado pelo Brasil pode somar 8,84 milhões de toneladas, acima da estimativa da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), de 8,2 milhões de toneladas.
Na manhã desta segunda-feira (30), por volta das 8h30, o preço do grão em Chicago sofria desvalorização de 0,18% com o bushel sendo negociado a US$ 4.80 (contratos para dezembro de 2023). (com Cepea)
Foto: Gilson Abreu/AEN