quinta-feira, setembro 19, 2024

Missão árabe inicia visita a 44 empresas do agro

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A missão é integrada por doze importadores da Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malásia, Omã e Tunísia, que já trabalham com o alimento nacional

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que fomenta negócios entre o Brasil e países islâmicos, trouxe ao Brasil um grupo de importadores estrangeiros que buscam alimentos no Brasil. A missão é integrada por doze importadores da Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malásia, Omã e Tunísia, que já trabalham com o alimento nacional, mas desejam ampliar o portfólio com novos produtos e fornecedores do Brasil.

Ela inicia nesta segunda-feira (5), na sede da Câmara Árabe-Brasileira, em São Paulo, a partir das 9 horas. Na segunda, na terça e na quarta, os compradores vão participar de palestras de aclimatação, seguidas de rodadas de negócios, com 44 empresas brasileiras, na entidade. Na quinta e na sexta, o grupo se divide e vai para Minas Gerais, Paraná e Goiás, para encontros com autoridades, instituições e mais empresas locais.

Os interesses de importadores e fornecedores foram pré-mapeados pela Câmara Árabe, no esforço de otimizar as rodadas de negócios. A expectativa é que a interação direta e pré-estruturada estimule negócios ao longo da semana ou ao menos que compradores e fornecedores iniciem um relacionamento direto, que se traduza no futuro em exportações originadas no Brasil. 

A missão também tem um componente de diversidade, segundo explica a diretora de relações institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar. A seleção de compradores e fornecedores priorizou organizações comandadas por mulheres. A programação de palestras da missão também reservou espaços para que mulheres mostrem o seu trabalho à frente dessas empresas e promovam um debate sobre equidade no Comércio Exterior.

“A Câmara Árabe firmou parceria com uma companhia aérea para subsidiar passagens para que representantes mulheres de empresas de alimentos pudessem participar das atividades da missão em São Paulo. Também isentamos da inscrição empresas do Rio Grande do Sul, que ainda se recuperam dos impactos da tragédia climática no estado”, afirmou Baltazar. 

A visita dos compradores estrangeiros integra as ações do Projeto Halal do Brasil, iniciativa da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), criada no final de 2022 para estimular a exportação de produtos brasileiros a países muçulmanos.

Nesse objetivo, o projeto Halal do Brasil promove regularmente atividades de promoção comercial do alimento halal brasileiro, aquele feito em respeito às tradições do islã, em feiras especializadas, além de rodadas de negócios dirigidas, como a realizada pela Câmara Árabe-Brasileira na semana que vem. 

O Halal do Brasil também oferece subsídio a empresas brasileiras de alimentos e bebidas que desejam adquirir a primeira certificação halal para suas linhas de produtos, especialmente alimentos processados e de valor agregado. 

Nos mercados muçulmanos, a certificação é obrigatória para boa parte dos alimentos. Ela atesta ao consumidor que o alimento foi produzido em respeito às tradições do islamismo, sendo, ainda, isento de insumos proibidos, como alcool e derivados suínos. 

O Brasil já é o maior fornecedor de alimentos dos 57 países de maioria muçulmana com assento na Organização para Cooperação Islâmica (OCI). Em 2022, o país exportou ao bloco um total de US$ 23,41 bilhões em gêneros alimentícios.

Na avaliação da Câmara Árabe, o comércio com o bloco ainda é prevalente em itens básicos, como carne, açúcar e grãos, com baixa penetração de alimentos processados, que têm poucas opções certificadas. Essa é a realidade que o projeto quer transformar. (Divulgação)

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