O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, elogiou o pacote agrícola apresentado pelo Governo Federal durante esta semana. Os R$ 364,2 bilhões anunciados no Plano Safra 2023/24 vão apoiar a produção dos médios e grandes agricultores e pecuaristas, montante quase 27% maior em relação ao anterior. Além desse montante, foram anunciados mais R$ 77,7 bilhões para os pequenos produtores. Apesar disso, ele questionou a ausência de verba para o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR).
“Essa ferramenta de gestão de risco já passou a fazer parte do planejamento da safra dos produtores rurais do Paraná. Não à toa, há anos, é o Estado que mais faz a contratação de seguro no país. Em 2022, foram quase 47 mil apólices no Paraná, próximo de 40% do total nacional (123,3 mil apólices)”, descreveu Meneguette.
Ele continuou. “A Junta de Execução Orçamentária (JEO) do governo federal negou o pedido do Ministério da Agricultura para suplementação da verba ao PSR. A safra 2021/22 reforça a importância da contratação do seguro rural. Naquela temporada, a seca assolou o Paraná e o Sul do Brasil, de uma forma geral, e desencadeou perdas nunca antes vistas nas lavouras de soja, milho e feijão. O prejuízo beirou os R$ 30 bilhões. Milhares de produtores acionaram as suas apólices, receberam o dinheiro conforme o contrato e puderam seguir para as próximas safras, de forma capitalizada”, citou.
As intempéries climáticas, que se tornaram frequentes nos últimos anos, deixam ainda mais evidente a importância da contratação do seguro rural. Diante disso, a ausência de recurso para essa finalidade traz preocupação e acaba por gerar insegurança para o futuro.
(com FAEP/SENAR-PR)
Foto: Cleber França