A produção de carnes bovina, suína e de aves no Brasil deve alcançar 31,57 milhões de toneladas em 2024, registrando o maior volume já apurado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse crescimento reflete o bom momento do setor, impulsionado pelo auge do ciclo pecuário e pela alta demanda interna e externa.
Para 2025, a expectativa é de estabilidade, com a produção total projetada em 31,56 milhões de toneladas. Enquanto a carne bovina pode apresentar uma leve retração devido à retenção de fêmeas, os segmentos de aves e suínos seguem em expansão, consolidando o Brasil como um dos maiores produtores globais de proteínas.
Produção de aves em expansão e exportações aquecidas
O setor avícola mantém sua trajetória de crescimento, com a produção estimada em 15,31 milhões de toneladas para 2024. As exportações também avançaram e devem fechar o ano em 5,16 milhões de toneladas, mesmo diante da redução da demanda da China (-18%). Esse impacto foi compensado pelo aumento expressivo das compras de países como México (+23%), Iraque (+18%) e Chile (+44%).
No mercado interno, a disponibilidade de carne de aves continua elevada, garantindo abastecimento e preços competitivos. Para 2025, a expectativa é de um novo recorde, com a produção chegando a 15,66 milhões de toneladas. As exportações seguem em alta, com projeção de crescimento de 2,9%, totalizando 5,31 milhões de toneladas. Esse cenário reforça o protagonismo do Brasil no mercado global, ao mesmo tempo em que assegura a oferta interna, estimada em 10,35 milhões de toneladas.
Carne bovina mantém força, apesar de ajuste na produção
O ano de 2024 marcou um recorde na produção de carne bovina, com 10,91 milhões de toneladas. O Brasil ampliou suas exportações, que saltaram de 3,03 milhões de toneladas em 2023 para 3,78 milhões de toneladas em 2024. A China segue como o principal destino da carne brasileira, absorvendo 46% das exportações, seguida pelos Estados Unidos (8%) e Emirados Árabes Unidos (4,6%).
Para 2025, espera-se um ajuste na produção, projetada em 10,37 milhões de toneladas, refletindo o início da retenção de fêmeas no ciclo pecuário. Apesar dessa leve redução, esse ainda será o segundo maior volume já registrado, garantindo o abastecimento do mercado interno e mantendo o Brasil como um grande exportador, com embarques estimados em 3,86 milhões de toneladas. A oferta interna permanecerá elevada, acompanhando o crescimento da produção de outras proteínas e sustentando o consumo acima de 102 kg per capita ao ano.
O cenário para 2024 e 2025 reforça a força do Brasil no mercado global de proteínas. Com uma produção robusta e demanda aquecida, o país segue consolidando sua posição como um dos principais fornecedores mundiais de carnes, impulsionando novas oportunidades para produtores e cooperativas. (com Cocari)
Foto: Ari Dias/AEN