A produção de mandioca no Paraná está projetada em 3,69 milhões de toneladas para 2024, 6% acima das 3,49 milhões de toneladas colhidas em 2023. A informação está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de abril a 2 de maio. O documento é elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O aumento de produção se deve à expectativa de que se colha, neste ano, uma área 2% maior do que em 2023. Em 2024, a área a ser colhida está estimada em 139,6 mil hectares. No ano passado a colheita atingiu 137,5 mil hectares. Outra razão para o volume mais expressivo está nas maiores produtividades obtidas até o momento. O incremento de 25,4 toneladas por hectare para 26,4 toneladas por hectare foi possibilitado pelas variedades de maior potencial e pela preferência momentânea para a colheita das áreas de dois ciclos em detrimento às de um ciclo.
Tal situação, porém, tem dificultado o recebimento do produto nas fecularias, pressionado os preços. Em abril, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 433,14, em média, representando um recuo de 3,9% em relação a março (R$ 450,52) e de 53% em relação a abril de 2023 (R$ 918,03). O excesso momentâneo de produção pode se regular à medida que as colheitas cheguem às áreas de menor produtividade, de um ciclo. Caso contrário, a área colhida deverá ser menor do que a estimada atualmente, com mais áreas sendo deixadas para se colher em 2025.
O Deral destaca, ainda, a rusticidade da cultura, pois abril foi um mês de poucas chuvas na maior região produtora, no Arenito Caiuá e, mesmo assim, as produtividades têm se mantido, diferentemente do que se observa na produção de grãos. Por outro lado, o solo excessivamente seco dificulta o arranquio da raiz, o que pode impactar o ritmo da colheita. (AEN)
Foto: José Fernando Ogura/AEN