Os principais produtos da safra de verão, especialmente os grãos, apresentam grandes oportunidades para garantir maior rentabilidade aos produtores, conforme levantamento realizado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná. No caso da soja, o preço da saca de 60 quilos fechou fevereiro a R$ 119,44 no mercado interno, um aumento de 15% em relação aos R$ 103,85 registrados no mesmo mês de 2024.
Para o milho, o cenário é ainda mais favorável. Em fevereiro, a saca foi cotada a R$ 63,51 no mercado doméstico, valor 31% superior aos R$ 48,44 de fevereiro do ano passado. No mercado internacional, devido à desvalorização do real frente ao dólar, o preço da soja registrou queda, enquanto o do milho permaneceu estável.
Já o feijão-carioca teve uma redução de 7% entre janeiro e fevereiro, passando de R$ 7,20 para R$ 6,73 o quilo, acumulando uma queda de 18% em relação a fevereiro de 2024, quando o preço era de R$ 8,23. O feijão-preto, principal variedade produzida no Paraná, apresentou uma queda ainda mais acentuada. Em fevereiro do ano passado, o preço era de R$ 8,93, caiu para R$ 7,26 em janeiro deste ano e agora está cotado a R$ 6,57, representando uma diminuição de 26% nos últimos 12 meses.
“Diante desse cenário, as alternativas para combater a inflação são limitadas, mas o feijão, uma proteína acessível, surge como uma alternativa promissora”, afirma o agrônomo Carlos Hugo Godinho. O Paraná, maior produtor de feijão do país, colheu uma boa safra na primeira colheita e está plantando a segunda safra, a principal, em boas condições.
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