Capacidade, material, potência e acessórios dos barcos podem impactar no tipo de pesca e no resultado da atividade
Dados do Ministério do Turismo mostram crescimento financeiro de 20% no segmento da pesca esportiva, um salto que marcou R$ 761 milhões em 2020 (ano da pesquisa feita pela Pasta). A modalidade, que gera receita para diversos setores, incluindo o turismo e comércio, é praticada por cerca de seis milhões de pessoas, movimentando R$ 1 bilhão por ano na economia, conforme o órgão.
Mas a falta de bons acessórios pode tornar a atividade desafiadora ou enfadonha, tanto para quem depende da pesca quanto para quem encontra na prática um passatempo. Importante também, acrescentar a estes momentos, a inovação, especialmente aquelas que priorizam pela redução do impacto ambiental e prezam pelo aumento da eficiência.
“E isso passa inicialmente pela embarcação. Se ela não for bem escolhida, pode comprometer a pescaria toda”, alerta Jorge Oliveira, fundador da Fluvimar, fabricante de embarcações, lanchas e pontoons com sede no Paraná, uma das principais empresas no mercado náutico brasileiro.
O executivo explica que, inicialmente, é importante saber que tipo de pesca se busca. “A pesca será em água doce? Alto-mar? Essas variações podem exigir um tipo de barco diferente. Além disso, é interessante saber até mesmo que tipo de peixe se quer”, explica.
É preciso também considerar o número de pessoas que participarão da jornada. “Barcos menores são mais fáceis de manobrar e transportar, mas podem não ter espaço suficiente para grupos maiores”, explica Oliveira.
Acertando na escolha do modelo
A escolha das embarcações passa por mais um “filtro”: pescadores profissionais x pescadores amadores. Acompanhe as diferenças:
Profissionais
A Yankee 195 Fishing responde bem às pescarias profissionais. Embora possa ser usado para pescaria em família, tem sido utilizado, inclusive, em campeonatos de pesca, já que alcança alta velocidade. Com 2,15m de boca e possibilidade de vários assentos, é grande no tamanho e conta com segurança reforçada.

Yankee 195 Fishing
Derivada do Apache 16, o modelo Apache 17, leve e resistente, preza pelo conforto. Trata-se de uma lancha de grande porte. Com todo o acabamento e opcionais disponíveis nos modelos Cherokee, o barco também é uma excelente embarcação para passeio em família, embora seja uma das opções mais requisitadas entre os pescadores profissionais.

Apache 17
Junção dos motores 60hp 4 tempos com uma lancha de pesca leve, de fácil navegação e amplo espaço interno, a Comanche LX também é daquelas embarcações confortáveis, seguras e estáveis. É ideal para pescadores exigentes que buscam diversas modalidades de pesca. Para quem vai levar a família junto, a embarcação é o match perfeito.
A Cherokee, embarcação — de médio a grande porte — com acabamento premium, tem grande capacidade de navegação. Atende às demandas de todas as modalidades de pesca, com conforto, segurança e desempenho.

Cherokee
Lançado durante o São Paulo Boat Show de 2024, o primeiro catamarã do Brasil totalmente configurado para pesca, o FBoat 6500 Fishing, equipado com 2 viveiros, rack porta-varas, vareiro, diversos suportes para ombrelone, é um trapiche de pesca motorizado. Além de todos os componentes destinados à pesca, o catamarã conta com cozinha completa. “Para que o pescador passe o dia todo com conforto, segurança e estilo”, destaca Jorge Oliveira.

FBoat 6500 Fishing
Pesca amadora
Modelo que caiu no gosto dos pescadores, especialmente das regiões Sul e Sudeste, é o BASS. Derivado do BR 6000, essa embarcação vem com todas as especificações de série do seu modelo de origem, mas com a proa montada com o sistema semi-chato, tornando-se confortável para aliviar tensões de articulações e outros eventuais desconfortos causados pelos longos períodos na atividade. Tem potenciais entre 15hp e 30hp, com diversas variáveis de opcionais. “Elas são utilizadas para todo tipo de pesca, sendo ela apoitada ou de arremesso. Ela produz mais velocidade e proporciona ao pescador de arremesso uma plataforma mais ampla para pescar em pé, podendo ser utilizada por até duas pessoas na proa”, informa Rodrigo Campos, diretor de Expansão da Fluvimar.

BASS
Projetado de forma arrojada, o Boto Piapara pode ser equipado com motores de 40hp a 50hp, com muitas variáveis de configuração. É um barco bastante conhecido no mercado, especialmente por sua polivalência durante navegações em situações adversas.
O Boto LX é outro modelo que oferece bastante conforto. A lancha é leve e pode ser transportada na estrada por veículos médios. Conta com vários modelos, tanto de pesca quanto para passeio. Com o casco semi-chato, o Bass LX “dá match” com pescadores que passam boa parte da pescaria em pé e, portanto, precisam de maior conforto.

Bass LX
Detalhes que fazem a diferença
Segundo Rodrigo Campos, verificar dimensões e formatos das embarcações, além do material usado na produção, também interfere na qualidade do resultado do que se busca. Por exemplo, um barco com uma plataforma de proa alongada permite que o pescador tenha a possibilidade de pesca de arremesso em água corrente ou parada. “Já barcos mais profundos não são adequados para pescaria de arremesso; são mais indicados para pescaria apoitada. Barcos mais rasos são indicados para pescaria de arremesso”, esclarece. O profissional ressalta ainda que barcos mais largos produzem maior navegabilidade, ou seja, garantem mais estabilidade durante a navegação. Para quem gosta de pescar em alto-mar, Rodrigo sugere a preferência pelas embarcações de madeira ou de fibra. “E, para quem gosta de pescar em rios, lagos, as embarcações de alumínio são as recomendadas.”
MAIS INFORMAÇÕES
A Fluvimar oferece barcos de materiais leves, com acabamento sofisticado e alto nível de conforto. Ela também é referência na oferta das embarcações de fácil transporte, com foco exclusivo na pescaria. Para saber mais: https://fluvimar.com.br