O aumento no rigor na fiscalização nos portos foi intensificado, e os contratos para exportação se tornaram mais rigorosos, principalmente quanto a incidência de sementes contaminantes na cultura de milho, cuja tolerância é zero. Dessa forma, qualquer incidência de sementes contaminantes resulta na reprova de cargas durante o embarque, ocasionando prejuízos para os produtores e a cooperativa.
Em resumo, tal situação gera transtornos para as unidades que recebem milho, além de comprometer a liberação de espaço de armazenagem para o recebimento da safra e aumentar os custos operacionais.
Para a safra de soja, a Cocamar desenvolveu e divulgou um Guia de Controle de Sementes Contaminantes, com base em práticas adotadas nessa cultura, replicando esses cuidados também para o cultivo, tratos culturais e colheita de grãos de milho. A orientação visa capacitar os produtores a cuidarem de todo o processo da lavoura para garantir um produto de qualidade e evitar a presença de sementes contaminantes. Caso seja identificado a presença de sementes contaminantes na carga o recebimento poderá não ser realizado na Unidade de costume.
Normas e Diretrizes
A Instrução Normativa nº 60/2011 estabelece diretrizes para a classificação do milho em três tipos, com base no índice de grãos avariados e outras características indesejadas. Além disso, a Embrapa tem trabalhado para tratar assuntos relacionados a pragas quarentenárias, enquanto entidades representativas do setor, entre as quais Abiove, Anec, Acebra e OCB, procuram levar essa informação aos produtores.
Por sua vez, o Departamento de Sanidade Vegetal/DSV/SDA-MAPA, disponibilizou no site do Ministério da Agricultura e Pecuária, materiais elaborados pelo Grupo Técnico de Pragas Quarentenárias, incluindo alertas para a cadeia produtiva, guias práticos para identificação de sementes de plantas daninhas quarentenárias, entre outros.
Ações preventivas para o produtor
Um trabalho preventivo durante o cultivo da lavoura e a colheita é essencial para que o produtor alcance a qualidade desejada do grão a ser colhido. Isso evita que o produtor seja penalizado quando da entrega dos grãos e permite que ele se beneficie do resultado da cooperativa com um valor agregado na comercialização de todo o produto ao mercado, sem deságios e restrições de envio para determinados países, além de facilitar o escoamento e abrir espaço para armazenagem de seus grãos.
Como foi dito, a ocorrência de sementes contaminantes na lavoura de milho tem causado prejuízos para os produtores e a cooperativa durante o processo de embarque e venda. É fundamental, portanto, que sejam adotadas práticas preventivas, com base em orientações e medidas de controle para garantir a qualidade do grão colhido e evitar a reprovação de cargas durante o embarque, assegurando assim a competitividade da nossa produção no mercado internacional.
O trabalho preventivo é fundamental para assegurar que nossos produtos estejam em conformidade com as normas e exigências dos contratos comerciais, possibilitando um embarque mais tranquilo e bem-sucedido. Além disso, ao oferecer milho de qualidade, sem a presença de contaminantes, é possível agregar valor à produção e alcançar melhores resultados na comercialização.
Essencial, portanto, que nos apoiemos em práticas preventivas. Para isso, o produtor deve utilizar o atendimento da equipe técnica da Cocamar para garantir o melhor plantio e um trato cultural adequado das lavouras, bem como tornar nossas negociações eficientes e vantajosas. (Cocamar) (Foto: AEN)