quinta-feira, novembro 21, 2024

Soja e frango lideram exportações e Paraná bate novo recorde

Data.:

Este é o terceiro ano consecutivo em que o Paraná renova o seu recorde de exportações totais entre janeiro e junho

A balança comercial do Paraná continua em alta, com as exportações movimentando US$ 12,1 bilhões (R$ 59 bilhões na cotação atual) no primeiro semestre de 2023, o melhor resultado para o período na história do Estado. O bom resultado foi puxado principalmente pela comercialização da soja em grãos e de carne de frango in natura, que juntos corresponderam por 38% do comércio exterior paranaense, totalizando US$ 4,6 bilhões em vendas. Somente o complexo da soja, que inclui grão, farelo e óleo, movimentou cerca de US$ 4,1 bilhões no período.

O montante representa um avanço de 14,2% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, que somaram US$ 10,6 bilhões. Este é o terceiro ano consecutivo em que o Paraná renova o seu recorde de exportações totais entre janeiro e junho. No mesmo período, as importações movimentaram US$ 9,03 bilhões, 15% a menos do que no primeiro semestre de 2022, garantindo superávit de mais de US$ 3 bilhões no período.

Na avaliação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, as marcas emblemáticas da balança comercial paranaense refletem o bom momento geral da economia estadual. Segundo ele, a estratégia é continuar trabalhando pela abertura e expansão dos mercados consumidores e a atração de novos investimentos privados para o Estado.

“Recentemente, ultrapassamos o Rio Grande do Sul para nos tornarmos a quarta maior economia do Brasil, o que significa o crescimento das nossas empresas e indústrias e também se reflete na criação de novas vagas de emprego e no aumento da renda da população”, afirma.

O comércio de cereais, terceiro produto mais exportado pelo Paraná, também se destacou, com crescimento de 90,6% em relação ao primeiro semestre de 2022, passando de U$ 270 milhões para U$ 515 milhões. Além da agropecuária, os produtos manufaturados também tiveram uma importante participação, tendo como principal exemplo as máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, cujas exportações quase dobraram no período analisado, passando de US$ 96 milhões para US$ 189 milhões.

As vendas de automóveis para o Exterior somaram US$ 236 milhões, um aumento de 45,8%, enquanto máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos diversos também tiveram um crescimento, de 20,4%, totalizando US$ 82 milhões.

Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em informações disponibilizadas pela Secretaria de Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

“O crescimento das exportações paranaenses no primeiro semestre de 2023 ressalta, mais uma vez, a capacidade do Estado em atender a demanda doméstica, gerando também excedentes exportáveis. Cabe colocar que as exportações são um importante vetor do crescimento econômico, ajudando a explicar a expansão de 9,2% do PIB estadual no início deste ano”, analisa o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

DESTINOS – Ao todo, a produção paranaense está presente em mais de 200 países ou territórios autônomos. Entre os principais mercados consumidores, a China lidera com folga, com mais de US$ 3,2 bilhões em importações no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 52,9% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 2 bilhões).

Com uma variação positiva de 46,5%, a vizinha Argentina ocupa a vice-liderança, passando de US$ 586 milhões, entre janeiro e junho de 2022, para US$ 858 milhões no mesmo intervalo de tempo deste ano.

Completam a lista dos dez maiores compradores os Estados Unidos (US$ 692 milhões), México (US$ 537 milhões), Índia (US$ 370 milhões), Japão (US$ 362 milhões), Holanda (US$ 356 milhões), Coreia do Sul (US$ 315 milhões), Peru (US$ 265 milhões) e Paraguai (US$ 265 milhões).

IMPORTAÇÕES – As principais importações do Paraná no período foram adubos e fertilizantes (US$ 1,1 bilhão), óleos e combustíveis (US$ 915 milhões), autopeças (US$ 651 milhões) e produtos químicos orgânicos (US$ 550 milhões). A maior alta em relação ao mesmo período do ano passado foi na compra de veículos de carga (163%) e o maior recuo em adubos e fertilizantes (-49%). (AEN)

Foto: José Fernando Ogura/ANPr

spot_img

VEJA TAMBÉM

Cotações do algodão recuam apesar do bom volume de negócios

O mercado de algodão em pluma abriu a segunda...

Café: preço do arábica é o maior desde 1998

Os movimentos de alta nos preços dos cafés robusta...

Prazo para inscrição no Concurso Seda Paraná é prorrogado até março

Mulheres que atuam com a sericicultura agora têm até...

Receba as informações so site diáriamente.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Soja: apesar da alta em Chicago cotações despencam no Brasil nesta quinta-feira (21)

A análise é do jornalista especializado em agronegócio, Cleber...

Soja com palhada está protegida do sol intenso e da chuva forte

Os 50 alqueires cultivados com soja na divisa entre...

Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reitera a qualidade...

Queimadas na cana-de-açúcar: dicas para recuperar o solo

Especialista recomenda uso de fertilizantes organominerais com nutrientes e...

Cotações do algodão recuam apesar do bom volume de negócios

O mercado de algodão em pluma abriu a segunda...

Suínos: carne ganha competitividade frente a bovina

Pesquisas do Cepea mostram que os preços do suíno...

Arroz: cotações têm maior queda em meses

Levantamento do Cepea mostra que os preços do arroz...

Café: preço do arábica é o maior desde 1998

Os movimentos de alta nos preços dos cafés robusta...