A colheita da segunda safra e a semeadura da safra verão seguem avançando na maior parte das regiões brasileiras. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a comercialização do milho, contudo, se mantém lenta, com compradores priorizando a utilização dos estoques negociados antecipadamente. Os preços, por sua vez, vêm apresentando comportamentos distintos dentre as regiões acompanhadas. Enquanto nas praças produtoras de segunda safra e nas que possuem estoques elevados os valores do milho caem, nas regiões consumidoras e/ou que têm apenas plantio da safra verão, as cotações sobem. Na manhã desta segunda-feira (25), o bushel da soja estava sendo negociado na Bolsa de Chicago a US$ 4.77 (+0,23%).
Soja – Os preços caíram no mercado brasileiro ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio sobretudo da desvalorização externa da oleaginosa. Nos Estados Unidos, apesar de a oferta de soja ser a menor em quatro anos, a colheita está em ritmo acelerado, contexto que pressiona as cotações do grão. Além disso, a valorização do dólar frente ao Real (que torna as commodities dos Estados Unidos menos atrativas aos importadores) e a baixa demanda externa reforçaram o movimento de queda no preço. Durante a manhã, o bushel da soja estava sendo negociado na Bolsa de Chicago a US$ 12.95 (+0,02%).
Mandioca – A oferta e a demanda de mandioca para processamento estiveram alinhadas na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, as indústrias continuaram limitando o esmagamento por conta da baixa liquidez nos mercados de fécula e de farinha. Além disso, a baixa disponibilidade de áreas para colheita não permitiu o aumento da oferta. Boa parte das lavouras já foi podada, e/ou produtores priorizaram outras atividades. Com isso, a pressão sobre os valores foi menor nos últimos dias. A média nominal a prazo (posta fecularia) foi de R$ 605,52/t (R$ 1,0531 por grama de amido), recuo semanal de 1,2%.
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