O modelo de produção e acesso ao mercado por integradoras é o adotado por mais da metade dos suinocultores do Paraná. Depois vêm aqueles ligados a cooperativas, mas também há quase mil produtores que atuam de forma independente. Essa é uma das análises trazidas pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 17 a 23 de maio.
Os modelos integrado e cooperado estabelecem vínculo entre o produtor e a entidade que os congrega, o que garante fluxo de produção e venda mais estáveis, pois se destinam às agroindústrias das próprias empresas. Já os independentes tomam todas as decisões técnicas e financeiras de forma individual, o que possibilita flexibilidade em negociações, apesar de mais sujeitos a flutuações de mercado.
O boletim preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura, traz os dados compilados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Ela registra que 2.105 produtores de suínos (51% do total) acessam o mercado por meio de integradoras, outros 1.078 (26%) estão em cooperativas e os restantes 969 (23%) são independentes.
A integração é modelo mais frequente nas regiões Oeste, Sudoeste, Sudeste e Centro-Oriental do Paraná, totalizando 97 municípios. Toledo lidera o sistema, com 405 produtores, seguido por Nova Santa Rosa, com 135. As mesmas regiões concentram os cooperados, presentes em 68 cidades. Novamente Toledo está à frente, com 175 estabelecimentos, vindo a seguir Marechal Cândido Rondon, com 135.
Os produtores independentes estão mais dispersos pelo Estado, com destaque para os municípios de Marechal Cândido Rondon, com 43, Mangueirinha, com 33, e Toledo, com 31. Em algumas regiões do Paraná, como Norte e Norte Pioneiro, a suinocultura independente é praticamente a única forma de produção comercial de suínos e se destinam sobretudo a abatedouros com inspeção estadual e municipal.
CARNE BOVINA E FRANGO – O documento do Deral cita também dados da Embrapa Suínos e Aves (CNPSA) sobre custo de produção de frango vivo no Paraná, criado em aviários tipo climatizado em pressão positiva. Em abril o custo foi de R$ 4,28 o quilo. Em Santa Catarina, segundo produtor, o valor ficou em R$ 4,44, enquanto o Rio Grande do Sul registrou R$ 4,40 o quilo.
Sobre a carne bovina, o boletim destaca o recorde de exportação nacional em abril, com 236,7 mil toneladas, gerando o montante de US$ 1,04 bilhão, a um preço médio de US$ 4,40 o quilo. Em abril de 2023 tinham sido enviados 133,4 mil toneladas de carne bovina ao Exterior, ainda que o preço médio tivesse sido superior, a US$ 4,61 o quilo. (AEN)
Foto: Ari Dias/AEN