quarta-feira, dezembro 4, 2024

Com mais de 300 mil pessoas, UCs do Paraná quebram recorde de visitas no 1º semestre

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As Unidades de Conservação (UCs) do Paraná administradas pelo Instituto Água e Terra (IAT) alcançaram pela primeira vez a marca de 300 mil visitantes em um único semestre. Ao todo, 305.160 pessoas frequentaram os parques estaduais entre janeiro e junho de 2024, quantitativo 5% superior ao mesmo período ao ano anterior (288.036 pessoas). O levantamento leva em consideração 24 unidades abertas à visitação – o Parque Estadual Pau Oco (Morretes), Mata dos Godoy (Londrina) e Ilha das Cobras (Paranaguá) estão fechados temporariamente.

O estudo elaborado pela equipe da Diretoria de Patrimônio Natural (Dipan) do órgão ambiental revelou que duas UCs se destacaram no período. O Parque Estadual Salto São Francisco da Esperança, entre Prudentópolis, Guarapuava e Turvo, no Centro-Sul do Estado, recebeu 6.858 visitantes, um incremento de 211% em relação ao primeiro semestre de 2023 (2.199 pessoas). O número é, inclusive, superior ao alcançado durante o ano passado inteiro (6.416).

Já o Parque Estadual de Ibiporã, na região Norte, também segue em evolução. Foram 904 frequentadores, um aumento de 103% sobre os 444 do primeiro semestre de 2023.

Em números absolutos, quem mais atraiu turistas foi o Parque da Ilha do Mel, em Paranaguá, no Litoral, com 118.319 frequentadores, um acréscimo de 32% em relação aos seis primeiros meses de 2023 (89.420 pessoas).

Os outros destaques são o Parque Estadual Serra da Baitaca, em Piraquara e Quatro Barras (42.346 pessoas) e o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (33.246). Já em relação às taxas de aumento, o Parque Estadual Vitório Piassa, em Pato Branco, foi o campeão. Com 2.505 visitantes, teve incremento foi de 230% se comparado com os 759 registrados no começo do ano passado.

“O IAT vem realizando nos últimos anos investimentos importantes nos parques estaduais, seja na infraestrutura dos espaços, na gestão conjunta com as prefeituras municipais ou na divulgação do patrimônio natural do Paraná. Todos esses fatores, somados ao maior interesse pela população por esse tipo de turismo, especialmente após a pandemia, levaram a esse aumento nas visitações”, explica o gerente de Áreas Protegidas do IAT, Jean Alex dos Santos.

“Ainda há espaço para crescimento e estamos trabalhando para elevar esses números, ampliando e melhorando o serviço que é prestado aos usuários”, acrescentou.

PARQUES PARANÁ – Para o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, a consolidação do projeto Parques Paraná, implementado pelo Governo do Estado em 2019, é outro fator que ajuda a explicar a relevância que passaram a ter os atrativos naturais do Estado. A iniciativa é dividida em quatro linhas: Uso Público e Turismo, Paraná Aventura, Parque Escola e Voluntariado.

O objetivo da proposta é a integração com a população e a modernização das formas de gestão, gerando um convívio consciente com o meio ambiente e promovendo a conservação e a educação ambiental de forma ativa. “O projeto propicia a qualificação e a promoção das Unidades de Conservação abertas à visitação no Paraná, além da ampla divulgação destes destinos”, afirmou.

Além das Unidades de Conservação, o programa também auxilia na administração de outros complexos ambientais. Um deles é o Aquário de Paranaguá, no Litoral, gerido pelo IAT em parceria com a iniciativa privada. No primeiro semestre de 2024, o espaço recebeu 18.059 turistas.

“O aquário tem uma importância significativa, já que oferece educação e interpretação ambiental aos visitantes, conhecimento científico. Faz com que a sociedade entenda a necessidade imediata de mudança de comportamento para a preservação do planeta”, acrescenta Andreguetto.

ÁREA VERDE – O Paraná possui atualmente 73 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 24 estão atualmente abertas para visitação. Esse montante compreende mais 26.250,42 km² de áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou àquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.

Essas áreas de proteção são divididas em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²), Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), 152,25 km², e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.

O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a área mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.

Mais informações sobre os parques estaduais estão disponíveis no site do IAT.

Unidades de Conservação mais visitadas do Paraná no primeiro semestre de 2024:

1º – Ilha do Mel – 118.319 pessoas

2º – Serra da Baitaca – 42.346 pessoas

3º – Vila Velha – 33.246 pessoas

4º – Monge – 23.416 pessoas

5º – Guartelá – 10.678 pessoas

Parques do Estado com maior aumento no número de visitantes em relação ao primeiro semestre de 2023:

1º – Vitório Piassa – 230%

2º – Salto São Francisco – 211%

3º – Floresta do Palmito – 140%

4º – Vila Rica do Espírito Santo – 120%

5º – Ibiporã – 103%

(Texto: AEN)

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo IAT

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