As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), obtidas com base nas informações de safras, indicam um valor de R$ 1,179 trilhão para 2023, superior em 3,8% em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,135 trilhão.
O valor é influenciado pelos preços agrícolas, que têm sofrido redução para vários produtos, entre eles milho, soja e trigo, que têm forte relevância no cálculo do VBP. Os preços recebidos pelos produtores de soja e milho estão, respectivamente 8,93% e 14,37% abaixo dos preços do mês de abril.
As lavouras têm um faturamento previsto em R$ 835,5 bilhões, 6,3% acima do obtido no ano passado. Tiveram bom desempenho produtos como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e tomate.
A pecuária, com faturamento de R$ 343,8 bilhões, apresenta uma retração real de 1,8% em relação a 2022.Contribuição positiva é dada pela carne suína, leite e ovos, e contribuição negativa vem de carne bovina (- 7,3%) e carne de frango ( -6,0%).
Poucos produtos agrícolas neste ano estão tendo redução do VBP, como algodão pluma, com retração de -7,3%, batata inglesa (-8,1%), café (-4,5%) e trigo (-12,8%). Esse resultado ocorre devido principalmente à retração de preços, como no caso do algodão, café e trigo.
Recorde
O VBP estimado para este ano é um valor recorde em uma série analisada que iniciou em 1989. Na composição deste indicador, vários produtos têm neste ano o mais alto valor obtido.
Os cinco produtos mais relevantes da série são: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 58,25% do VBP total.
No ranking dos estados, os cinco primeiros são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, gerando neste ano 60,4% do VBP do país.
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