Um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que a demanda de trigo por parte de moinhos segue desaquecida, já que a venda dos derivados também não mostra reação. Muitos agentes estão aguardando a entrada de um maior volume da safra nova para adquirir novos lotes. Diante disso, os preços continuam em queda.
Dados do Cepea mostram que, no Rio Grande do Sul, a média de setembro foi de R$ 1.150,70/tonelada, quedas de 10,3% frente à de agosto/23 e de expressivos 34,1% em relação à de setembro/22. Trata-se, também, da menor média mensal desde dezembro de 2019, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). As médias mensais do Paraná e de São Paulo, por sua vez, são as menores desde outubro de 2017, em termos reais. No campo, a colheita de trigo foi iniciada Rio Grande do Sul, estado que, vale lembrar, colheu a maior parte da produção nacional em 2022.
No Paraná, segundo maior estado produtor do País, a colheita deve ser menor que o estimado inicialmente, devido à alta incidência de doenças em lavouras do estado, o que, por sua vez, se deve às temperaturas mais elevadas no inverno. Nesta terça-feira (03/10) o preço do grão esta sendo negociado a R$ 50 a saca em Maringá (com Cepea)
Foto: Gilson Abreu/AEN