sexta-feira, novembro 22, 2024

SP: agro bate recorde em 2023 com superávit de US$ 23,3 bilhões na balança comercial

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O agronegócio do estado de São Paulo registrou superávit de US$ 23,3 bilhões em 2023, número 11,8% maior que o registrado em 2022. Esse é o melhor saldo de toda a série histórica. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

As exportações do setor no ano passado atingiram US$ 28,39 bilhões, um aumento de 9,3% em relação a 2022. Já as importações em 2023 foram de US$ 5,05 bilhões.

“São Paulo é o estado com maior valor bruto de produção por hectare do Brasil e com o maior número de culturas diversificadas. Esse ano vai ser um ano difícil, de seca, e nós vamos trabalhar em muitas frentes: crédito, seguro rural, conectividade, irrigação e assistência técnica. Precisamos estar cada vez mais preparados para o futuro. E o agro é o futuro do Brasil e do Estado de São Paulo”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.

O agronegócio representou 40% das exportações do estado de São Paulo em 2023, que somaram US$71,03 bilhões – mais de 20% do total nacional. Em relação às importações, o setor foi responsável por 7% do total estadual.

Exportação por grupo de produtos

O líder no ranking das exportações do estado está o complexo sucroalcooleiro, que representou US$ 10,76 bilhões em transações, sendo 88,2% de açúcar e 11,8% de etanol.

“Os derivados da cana – açúcar e etanol – garantem o primeiro lugar dos embarques mensais. Embora a participação do etanol ainda seja pequena no resultado da balança, o combustível tem se destacado quando o assunto é minimizar o impacto no meio ambiente, foco dos mais importantes eventos internacionais sobre o clima. Estamos atentos a essa importante questão e o objetivo é tornar o Estado de São Paulo referência no uso de energias renováveis e indústria verde. Uma revolução silenciosa está ocorrendo nos campos rurais paulistas, o chamado “pré-sal caipira”, afirma Piai.

Completam os cinco primeiros colocados entre produtos exportados o complexo soja (US$ 3,64 bilhões, tendo a soja em grão 82,7% de participação no grupo); setor de carnes (US$ 3,15 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 82,6%); produtos florestais (US$ 2,70 bilhões, com participações de 51,1% de celulose e 41,1% de papel) e o grupo de sucos (US$ 2,27 bilhões, dos quais 97,7% referentes a suco de laranja).

O grupo de café, tradicional nas vendas externas paulistas, aparece na oitava posição, com vendas de US$896,95 milhões (69,0% referentes ao café verde e 24,4% de café solúvel).

Em 2023 na comparação com 2022, houve importantes alterações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista. Destacam-se os aumentos para o complexo sucroalcooleiro (+26,8%) e o segmento de sucos (+18,3%).

Principais destinos das exportações paulistas

A China é o principal destino das exportações do estado com US$7,26 bilhões e detém 25,6% de participação no total do agro paulista. Na segunda posição aparece a União Europeia (US$3,83 bilhões, 11,9% de participação em 2023, seguido pelos Estados Unidos (US$2,81 bilhões, participação de 9,9% e incremento de 9,41% em valores). Completando os 10 principais destinos, em participação, aparecem Índia (3,5%), Indonésia (2,7%), Arábia Saudita (2,4%), Nigéria (2,3%), Argélia (2,2%), Coreia do Sul (2,1%) e Marrocos (2,0%), que representam 65% do total.

Dos três principais parceiros do agro SP, a China importou principalmente produtos do complexo soja (33,4%), carnes (22,3%), setor sucroalcooleiro (18,6%) e produtos florestais (13,5%). A União Europeia predomina o grupo de sucos (33,8%, basicamente de laranja), seguidos do sucroalcooleiro (13,9%) e café (10,8%), enquanto os Estados Unidos (28,4%) são do grupo de sucos, sucroalcooleiro (14,2%), carnes (13,3%), produtos florestais (8,9%) e café (4,5%).

Importações paulistas

Em 2023, os principais produtos de importação do agronegócio paulista foram: papel (US$394,16 milhões), salmão (US$380,16 milhões) e trigo (US$300,08 milhões) e representando 21% do total importado (US$5,05 bilhões). (Secom SP)

Foto: Divulgação

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