A produção brasileira de arroz para a safra 2023/24 está estimada em 10,5 milhões de toneladas. O Paraná deve contribuir com cerca de 120 mil toneladas. O maior produtor do cereal é o Rio Grande do Sul, com estimadas 7,5 milhões de toneladas. Diante da tragédia climática que o estado passa, é esperada redução nessa estimativa. No entanto, até a última semana de abril já tinham sido colhidos mais de 80% da área semeada, o que significa que aproximadamente 1,5 milhão de toneladas ainda estavam expostos ao risco.
Mesmo que se configure perda significativa, não deve haver desabastecimento nacional. O Brasil já é um importador do cereal e pode ampliar as compras. Nos últimos três anos entraram no País 1,2 milhão de toneladas, em média, e foram exportados 1,8 milhão de toneladas. Sobre o feijão, o documento do Deral registra avanço na colheita, que chegou a 34% da área estimada de 402 mil hectares. Com excesso de chuva registrado no Sudoeste, maior região produtora e onde se concentra a maior parte da colheita, observou-se brotamento de grãos ainda na vagem, o que reduz a qualidade do produto.
MILHO E TRIGO – A análise de campo em relação ao milho de segunda safra no Paraná apresenta uma piora. Dos 2,4 milhões de hectares plantados, 64% estão em condição boa nesta semana. Na anterior, esse porcentual estava em 67%. Apesar de chuvas de forma mais uniforme na segunda quinzena de abril, o calor intenso ainda é fator que afeta negativamente na cultura.
O plantio de trigo atingiu 27% da área projetada de 1,14 milhão de hectares. As lavouras apresentam condições boas em 94% da área. O restante ainda não alcançou o pleno desenvolvimento em razão do déficit hídrico e temperaturas acima da média, particularmente no Norte do Estado, que é uma das primeiras regiões a plantar. (AEN)